A amiga Karla Leite, engenheira de solos que trabalha com barragens, coincidentemente mandou matéria publicada no Diário Catarinense - uma entrevista com o biólogo Lauro Bacca sobre o novo Código Ambiental local que diz: "Isso é corrupção. Esse código é um retrocesso". Um assunto eminentemente técnico sendo discutido por políticos, que mais parece uma lei agrícola que ambiental, beneficiando os empresários do agronegócio. Senão vejamos abaixo algumas pérolas.
- desprezou as recomendações de um grupo multidisciplinar que trabalhava desde 2007
- preserva áreas acima de 1,8 mil metros de altitude, que quase inexistem no estado
- ignora mangues e restingas - patrimônios nacionais -, nascentes e encostas inclinadas
- permite pegar a compensação ambiental prevista em lei de 2% sobre o valor da obra de barragens e destinar a outros fins não-ambientais (êpa, sabe-se lá quais...)
- diminui de 30 para 5 metros a área de preservação nas margens de rios
Depois fica todo mundo inundado e não sabe porque. A natureza é um sistema vivo que infelizmente não vota, não negocia e não perdoa. Ela silenciosamente revida os abusos com toda a violência que possui, sem escolher culpados ou inocentes. Todo mundo paga a conta igual.
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