O Instituto Ethos prontamente publicou resposta onde diz que a decisão da Petrobras foi unilateral e reitera que sempre se colocou à disposição para "facilitar diálogos, construir pontes e buscar saídas para lidar com as diversas contradições e dificuldades encontradas nesse caminho". Assim como outras questões ligadas à corrupção, mão de obra escrava/infantil e degradação da amazônia, a entidade sempre expressa suas posições claramente e independente de quem sejam seus associados. O mesmo fez em relação ao diesel, que considera um problema de saúde pública grave (poluição do ar). Aliás, as mudanças climáticas são o principal tema da agenda empresarial mundial. Em relação ao não cumprimento do prazo para substituir o diesel pela versão mais 'limpa', o Ethos informa que "Desde o início , o instituto se dispôs a ajudar a organização a resolver as questões relacionadas ao impacto do seu negócio no meio ambiente e na sociedade".
Naturalmente, a Petrobras ciosa de sua reputação escolheu o caminho da ruptura, por razões que já mencionei no post anterior. Mas sob um ponto de vista estritamente de comunicação, esse gesto vai atrair antipatia, criar controvérsia (muitas versões incorretas vão se transformar em verdades na cabeça de quem não aprofundar pesquisa dos fatos), eventualmente impactar o valor das ações da empresa na Bolsa e alinhar centenas de boas empresas ao lado do Ethos, pois a decisão sinaliza a preferência da intransigência ao invés do diálogo, contra tudo que prega a sustentabilidade: o relacionamento construtivo e transparente com todos os stakeholders.
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