Ártico

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

[PLANETA] A recessão terá graves efeitos sobre o clima


O aquecimento global é, junto com a água, "O" tema do milênio. Se algo não for feito, a próxima crise econômica será a "bolha" da biocapacidade. As metas do Protocolo de Kyoto expiram em 2012. Para novas metas entrarem em vigor, a ONU já está se mexendo (COP-14), mas a recessão prevista para 2009 pode ocasionar um relaxamento na adoção de medidas mais drásticas pelos países desenvolvidos - onde a crise deve forçar uma redução de 2% nas emissões de CO2, países como China e Índia não se posicionaram de forma mais contundente e Barack Obama não terá tempo de ratificar junto ao Congresso dos EUA ações efetivas até dezembro/2009. Ou seja, um ano perdido para avanços no tema.


Enquanto a Alemanha comemora redução de 22,4% nas emissões de gases de efeito estufa (acima da meta de 21% de Kyoto), o Brasil se esforça para cumprir seu Plano Nacional de Mudança Climática. Aqui o desmatamento para agricultura é o maior vilão (75%), enquanto em outras nações a energia, a indústria e o transporte produzem a maior contaminação climática. O governo aposta em medidas punitivas (suspensão do crédito para quem tiver denúncias ambientais ou terras não legalizadas) e pactos setoriais - a Vale prometeu não vender minério de ferro para siderúrgicas que destruam florestas nativas para obter carvão vegetal, a indústria de óleo vegetal vai suspender compra de soja cultivada em áreas recém-desmatadas, e os exportadores de madeira vão excluir produtos não certificados.


No mercado de créditos de carbono, entretanto, tudo vai bem: aumento de 40% em relação a 2007, com US$ 48,26 bilhões negociados (1o.semestre) e 56% a mais em toneladas de CO2. Mas isto ainda é tímido diante da emergência da situação. Se a temperatura subir apenas 2 graus o impacto do clima sobre a produção de alimentos, recursos hídricos, nível do mar e ecossistemas será catastrófico. Mais de 2 bilhões de pessoas não terão água e o sul da África conviverá com seca o ano inteiro. A agricultura será seriamente comprometida e a fome e desnutrição matarão, no mínimo, 2 milhões de pessoas por ano.
Fontes: Envolverde, Folha Online e Globo Online

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