Ártico

domingo, 28 de dezembro de 2008

[PLANETA] Cadeia de Suprimentos mais verde em doze passos


Os especialistas Paul Brody e Mondher Ben-Hamida da IBM Global Business Services sugerem 12 medidas práticas para se obter uma cadeia produtiva mais eficiente, econômica e ambientalmente amigável, através da redução do consumo de energia – e portanto emissão de carbono.

1. Redesenhar o produto – tornando-o mais leve, fácil de reciclar ou descartar, com menos componentes, para encurtar a extensão da cadeia.


2. Reconfigurar o processo produtivo – através de gestão ambiental, aproveitar resíduos, eliminar desperdícios e rejeitos poluentes.


3. Priorizar fornecedores sustentáveis – ainda que inicialmente mais caros, eles se pagam com o valor agregado à marca e ao produto.


4. Encurtar distâncias – trabalhar com fornecedores locais, mais próximos.


5. Mudar exigências de nível de serviço – cláusulas de just-in-time e min-max podem gerar entregas em lotes não econômicos e é preciso computar as emissões de carbono nos custos e qualidade dos produtos.


6. Diminuir as embalagens – repensar dimensões dos produtos e embalagens para otimizar a cubagem do transporte da carga, bem como materiais usados, para posterior reaproveitamento ou reciclagem.


7. Planejar a cadeia reversa – cada vez mais por imposição governamental as empresas serão obrigadas a assumir responsabilidade pelo descarte de seus produtos (no Brasil, ver legislação “Berço ao Túmulo).


8. Consolidar as remessas – planejar cuidadosamente a localização dos centros de distribuição e transportadoras parceiras.


9. Planejar rotas menores – pasme, a UPS economizou 28.5 milhões de milhas, 3 milhões de galões de combustível e emissão de 31.000 ton/CO2 em um ano usando um software que calculou rotas sem viradas à esquerda. Não se acomodar com meios de transporte e rotas tradicionais.


10. Coordenar esforços com parceiros – integrar a cadeia de suprimentos online, com rastreabilidade em todas as etapas.


11. Computar todo o ciclo de vida do produto – mensurar o consumo de energia e emissão de CO2 não apenas na fabricação ou distribuição, mas na operação varejista, no uso pelo consumidor e no descarte.


12. Começar já – priorizar as atividades que estão sob controle da empresa, para depois integrar os parceiros da cadeia produtiva. O mercado já está exigindo essas posturas, e quanto antes a empresa iniciar, melhor.

[PLANETA] Sustentabilidade demanda novo tipo de contabilista


A preocupação com a Sustentabilidade fez surgir uma nova profissão - o Contabilista Ambiental - responsável por mostrar ao mercado e ao próprio empreendedor como os impactos socioambientais da empresa podem afetá-la financeiramente. Ele atua como um consultor, orientando o que o empresário deve fazer para comprovar os benefícios ao meio ambiente e à sociedade - os ativos ambientais.
Por outro lado, os passivos ambientais (poluição, desmatamento, danos à saúde etc) interferem diretamente no balanço patrimonial da empresa e cabe ao contador registrá-los e providenciar o pagamento das multas e fiscalização. Por meio de cálculos, estimativas e registros nos relatórios e balanços, o empreendedor terá controle dos futuros gastos e investimentos necessários para compensar eventuais prejuízos causados.


Com um modelo já implementado pelo CFC, o balanço ainda não é obrigatório, mas a partir de 2009/2010 haverá um projeto legislativo nesse sentido, até porque as instituições financeiras internacionais só investem em empresas que apresentem o documento. Os Contabilistas Ambientais ainda são apenas 1% dos 400 mil contadores registrados no Brasil e sua função está relacionada à elaboração de relatórios, balanços, certificações e auditorias.


Fonte: Gazeta Mercantil

[PLANETA] Imóveis Sustentáveis



O belo prédio da universidade corporativa da Petrobras na Cidade Nova, onde estive lecionando em novembro, ganhou o prêmio Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) da US Green Building Counsel. O arquiteto é Ruy Resende e os elementos que fizeram jus ao prêmio são: uso de materiais reciclados ou recicláveis, aproveitamento da luz natural via clarabóias e vidros isotérmicos, captação da água da chuva e da condensação do ar condicionado para uso nos vasos sanitários e regas de plantas, e preocupação de minimizar impactos sobre o meio ambiente durante a obra. O custo da construção fica de 5 a 7% mais alto, porém isto se recupera com a economia de energia e água posteriores.

A cadeia produtiva da construção civil consome entre 15 e 50% dos recursos da natureza e gera 50% dos gases do efeito estufa. Além disso, 30% do aquecimento global deve-se à concepção, construção, reforma e operação de edificações.



Qualquer prédio pode adotar medidas simples, como sensores de presença, lâmpadas econômicas, coleta seletiva de lixo e reaproveitamento de água. A tendência é que os esforços eco-amigáveis economizem até 30% no valor da cota de condomínio. Empreendimentos como os da Ecoesfera em São Paulo incluem temporizadores nas torneiras, hidrômetros e gasômetros individuais, herbários e pomares, captação de água de chuva e tratamento dos esgotos para uso na irrigação dos jardins, churrasqueiras a gás com pedras vulcânicas (e não carvão), placas de energia solar na cobertura e persianas que aumentam a claridade interna nas áreas comuns.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008


Queridos leitores do blog,


Este é o último post do ano ! Desejo a vocês uma temporada de muita celebração e amizade. Que 2009 não será um ano nada fácil, já estamos sabendo. Vamos aproveitar para rever nosso estilo de vida, para evitar um outro ano "bolha estourada" desses, resgatando:


- o desfrute de estar com amigos, amores e família em torno de boa comida e boa conversa

- coisas mais simples e despojadas, menos enfeitadas, embaladas e descartáveis

- consumir mais "experiências prazerosas", como viagens, espetáculos, massagens e passeios - do que bens


De resto, ser bem intencionado na vida, mais camarada consigo mesmo e cada vez mais exigente com as posturas das empresas.


Até o ano que vem !

Abraço,

Patricia




[MARCA] Conheça a "Geração W"


Pois é, mais uma, a "Geração W", também conhecida como a geração milênio. Nascidos entre 1980 e 2000, estes jovens se rebelam contra a Geração Y, promíscua, gananciosa e ligada em drogas. São românticos, gostam de relações estáveis e virgindade, preocupados com a saúde (leia-se contra drogas e comidas artificiais), admiram os pais e divertem-se de forma menos 'selvagem'. São ambiciosos, focados e dedicados. Detestam marcas muito high-profile e produzidas, afinal conhecem muito bem as artes do marketing e não se deixam mais impressionar por anúncios e discursos vazios. Uma marca precisa lhes transmitir substância, honestidade, transparência e fomentar um senso de comunidade.


Como são habitantes nascidos em um mundo digital e online, têm interesse e consomem novidades tecnológicas - a internet e o celular são uma necessidade básica, não um luxo, porque nem conheceram o mundo sem eles. Não pela tecnologia em si, e sim como um meio para socializar e melhorar suas vidas.


Para entender melhor, alguns sintomas: a onda emo, a série High School Musical com seus valores pró-diversidade e bons costumes, o vampiro romântico e recatado do bestseller Twilight ("Crepúsculo") que agora chega aos cinemas brasileiros.


Fontes: pesquisa da agência australiana Boiler Room Communications em http://www.bandt.com.au/news/fa/0c0180fa.asp e Revista Época, ed. 15/dez/08.


[SOCIAL] Um banco que visa lucro social


Em 2006 o economista Muhammad Yunus ganhou o Prêmio Nobel da Paz pelo seu trabalho social, que começou em 1976 com a criação do Grameen Bank em Bangladesh. A idéia ia na contramão do setor bancário: oferecer microcrédito para os mais pobres, prioritariamente mulheres, onde a garantia do empréstimo seria a palavra do mutuário e o banco pertenceria aos próprios clientes. Hoje, 20 anos depois, o banco tem 7,2 milhões de clientes, sendo 96% mulheres, com taxa de inadimplência de apenas 1,5%. Comparativamente, as mulheres representavam apenas 1% dos mutuários de bancos em geral na época.


Rompendo o paradigma vigente, Yunus acredita que a crise atual é fruto da desumanização da economia e a pobreza uma criação artificial, portanto passível de ser eliminada. O microcrédito é essencialmente a economia real, "olho no olho", baseada na confiança, humanizada. O sistema bancário de transações artificiais e virtuais é consequência da ganância e do consumismo, e sustenta a lógica errada de que as empresas existem para fazer lucro - embora precisem dele para existir, seu objetivo de fato é (ou deveria ser) trazer bem-estar para as pessoas.


O Grameen Bank vai até a casa dos clientes e cada funcionário tem uma carteira de 600 atendidos que conhece pelo nome e precisa saber o nome dos filhos, com metas que incluem sua inserção na escola. Ainda inventou os "Negócios Sociais", empreendimentos que geram benefícios sociais como alimentação e água limpa, onde os clientes pagam barato, suficiente apenas para recuperar os custos da operação e devolver aos investidores o capital colocado, sem lucro.


Para assistir a palestra de Yunus na íntegra no Encontro sobre Sustentabilidade do Banco Real/Santander em 11/nov/08 acesse www.bancoreal.com.br/sustentabilidade.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

[MARCA] Carro para a geração "Empty Nest"


A Toyota e a firma IDEO identificaram e desenvolveram um novo carro para a geração que chamam de "ninho vazio" (sem filhos), o Toyota Venza, a ser lançado agora ao final de 2008 no mercado americano.


Nos anos 70, era dos "baby boomers", a Toyota ganhou o mercado americano com seu posicionamento de segurança, confiabilidade e qualidade. Parece que a era das minivans e SUVs ficou para trás. Com uma pesquisa etnográfica, a IDEO identificou 5 demandas do público "empty nest" para a Toyota:

1) conforto - veículo que se adequa à medida que envelhecem, sem parecer uma indulgência ao luxo;

2) "Smart" - bom valor;

3) utilidade - dimensões apropriadas em relação aos veículos grandes que já tiveram;

4) transformação - adaptabilidade para novas necessidades, como mais carga ou transportar adultos com conforto no banco de trás;

5) expressão - o carro deve refletir a personalidade e estilo do dono, não apenas outro sedan indistinguível de milhares de outros na rua.


A partir disso, o carro ganhou 3 temas:

Bem-Estar - do indivíduo e do ambiente;

Sofisticação - que comunica vitalidade, atividade e sociabilidade; e

"Crossover Utility Vehicle - CUV" (algo como híbrido de sedan com SUV/minivan) - onde a beleza da função e as escolhas pessoais de estilo de vida são traduzidas em dispositivos práticos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

PETROBRAS RESPONDE A ESTE BLOG




OPORTUNIDADE PARA VOCÊ SABER A VERDADE: Faço questão de publicar a pronta resposta que a Petrobras enviou sobre os posts aqui publicados ref a sua saída do Ethos e do ISE.



Prezada Patrícia de Sá,


A Petrobras sempre afirmou publicamente que iria fornecer o diesel S50 para os veículos novos, a partir de janeiro de 2009. Mesmo sem estardescumprindo a Resolução 315 do CONAMA, a Petrobras participouvoluntariamente de um acordo no Ministério Público Federal, do qual participaram todas as entidades envolvidas no assunto: Governo do Estado deSão Paulo, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de SãoPaulo (Cetesb), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis(Ibama), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),fabricantes de veículos, fabricantes de motores e Associação Nacional deFabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Até mesmo representantes doMovimento Nossa São Paulo e também de outras ONG´s foram convidados, mas preferiram não participar.




A Petrobras concordou com as seguintes determinações:




- Substituição de todo o diesel interior de S-2000 para S-1800 a partir dejaneiro de 2009;




- Substituição de todo o diesel usado pelas frotas de ônibus urbanos dasCidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, BeloHorizonte e Salvador de S-500 por S-50: SP e RJ a partir de janeiro de2009, Curitiba a partir de agosto de 2009; Porto Alegre, Belo Horizonte eSalvador a partir de janeiro 2010;




- Substituição de todo o diesel metropolitano usado em Fortaleza, Recife eBelém de S-500 por S-50 a partir de maio de 2009;




- Redução gradativa da participação de diesel S-1800 para aplicaçõesautomotivas até a substituição total pelo diesel S-500 em 2014;




- Substituição de todo o diesel S-500 por S-50 para frotas cativas deônibus urbanos da RM de São Paulo a partir de janeiro de 2010;




- Desenvolvimento das atividades do CONPET para SP, RJ, Curitiba, PortoAlegre, Belo Horizonte, Salvador e Vitória: SP e RJ a partir de janeiro de2009 (em conjunto com programa de regulagem da ANFAVEA); Curitiba e PortoAlegre a partir de janeiro de 2010; Belo Horizonte, Salvador e Vitória apartir de janeiro de 2011;




- Substituição de todo o diesel S-500 por S-50 para as frotas cativas deônibus urbanos das demais RM´s do Estado de São Paulo e da RM do Estado doRio de Janeiro a partir de janeiro de 2011.




- Investimento de R$ 1.000.000,00 para o programa de fiscalização deemissão de fumaça preta da CETESB em São Paulo;




- Disponibilização de um novo óleo diesel comercial, com 10 ppm de enxofre,a partir de janeiro de 2013 para os veículos novos de tecnologia P7;




Por este acordo, o fornecimento de diesel com menor teor de enxofre para as frotas cativas de ônibus urbanos das cidades de São Paulo e Rio deJaneiro será iniciado a partir de janeiro de 2009. Nas demais regiões dopaís, o fornecimento de diesel S-50 se dará conforme cronograma específico.




Até o presente momento, a Petrobras, mesmo tendo solicitado por meio de duas cartas, não foi informada pelo Conselho Deliberativo do Índice deSustentabilidade Empresarial (ISE) Bovespa sobre os motivos quejustificariam a exclusão da Petrobras desse índice. Entretanto, com ointuito de capitalizar um fato que considera positivo para a sua atual cruzada contra a Petrobras, o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos e líder do Movimento Nossa Paulo, Sr. Oded Grajew, divulgou indevidamente informação protegida por cláusula de confidencialidade entre o ISE e as empresas.




Por este motivo, a Petrobras comunicou, no último dia 02 de dezembro, a sua desassociação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, por acreditar que a Companhia está sendo alvo de uma campanha articulada por um grupo de pessoas e entidades com o objetivo de atingir a imagem da Companhia e questionar a seriedade e eficiência de sua administração. Este grupo é formado por integrantes das Secretarias de Meio Ambiente dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Cidade de São Paulo, e algumas organizações não-governamentais que se intitulam representantes da sociedade civil de São Paulo.




Esse grupo produziu uma resolução CONAMA inexistente para dizer que a Petrobras a descumpre, um TAC inexistente que obrigaria a Companhia a ajustes na conduta supostamente indevida, tudo para denunciar uma Petrobras inexistente: uma Petrobras que só produz diesel e de forma não-sustentável.




A ação politizada desse grupo promove a desinformação do público em geral, e induz entidades sérias a cometerem erros de avaliação e decisão, prejudicando a Petrobras, seus acionistas e demais partes interessadas.




A Petrobras acredita que as melhores soluções para problemas complexos, com múltiplas causas e diversos interesses se dá através da busca do consenso possível, em respeito a todas as partes envolvidas e apartir de compromissos mútuos e visíveis.




A Companhia continuará sendo signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), e de todas as outras iniciativas que apóia. Mais uma vez, a Petrobras reafirma seu compromisso com a responsabilidade social e ambiental na gestão dos seus negócios, buscando atender às expectativas de suas partes interessadas e contribuir com o desenvolvimento sustentável do Brasil e dos países em que atua.




Atenciosamente,




Sue Wolter Vianna


Gerente Setorial de Orientações e Práticas de Responsabilidade Social


Comunicação Institucional


Tel Ext : 3224 -1720 Ramal : 814 - 1720



Na recente West Coast Green Conference 2008 (http://www.westcoastgreen.com/), importante evento de eco-inovações tecnológicas, as notícias são animadoras - a emergência de um mercado "verde" que promete movimentar US$ 3 trilhões nos próximos 10 anos à medida que os produtos eco-amigáveis barateiam e a economia baseada em carbono que temos hoje está condenada a mudar.


Vários fundos de investimento estão interessados em resgatar tecnologias que surgiram na época do embargo da OPEP em 1974 e foram abandonadas e hoje estão ainda mais desenvolvidas. Áreas como energias alternativas, eficiência energética e eletrodomésticos eco-inteligentes. Na conferência surgiram produtos com materiais de menor custo que não agridem o meio-ambiente ou reduzem o consumo de energia, e mesmo os que ainda são mais caros que os similares à base de carbono já estão mais baratos que no ano passado. Há eletrodomésticos que rastreiam as empresas concessionárias para operar nos horários de tarifas menores. E os que causaram maior rebuliço: soluções que levam a sustentabilidade para a base da pirâmide, ou seja, que fornecem água limpa e energia para populações carentes, como da empresa IDEO.


Veja videos da conferência com gente como Al Gore, David Suzuki em http://www.westcoastgreen.com/press-room/featured-videos.php.

[SOCIAL] Ajude o programa da ONU contra a fome





Já postei antes, mas reforço. O WFP (World Food Programme) - Fundo das Nações Unidas para combate à fome -, tem o programa "Fill the Cup", que trabalha em áreas hiper carentes na África e países assolados pela guerra.
By filling the cup for a hungry child, your donation will provide a nutritious meal for a hungry child, giving them the energy to learn in school. Join in three easy steps:


1. Entre em wtp.org/wall

2. Doe online - US$25 alimentam uma criança por um semestre escolar.
3. Se desejar, poste uma foto sua ou de quem desejar e crie um cartão personalizado de sua doação, que irá ser enviado para a pessoa em nome de quem fez a doação e integrará o "Mural" virtual de doadores.
Com apenas 25 US cents você enche uma das "Red Cups" que o WFP usa para dar a uma criança uma merenda escolar com sopa, arroz e feijão. US$15 alimentam 10 crianças por 1 semana.

[DIGITAL] A crise no Second Life


Criado em 2003, o Second Life prometia ser uma nova plaforma de negócios no mundo digital, que várias empresas se apressaram em explorar. Com a crise econômica, esses investimentos tendem a recuar, até porque os resultados concretos deixam a desejar. Diferente de redes sociais, onde as pessoas se expõem com perfis, fotos e se relacionam, o Second Life é um palco de atores (os avatares), o que cria um ambiente de menor confiabilidade e maior risco, com alta rotatividade e infidelidade do público. Microtransações de baixo valor monetário não trazem estabilidade financeira para o mundo virtual, problemas técnicos desanimam os usuários e ainda há riscos de clonagem, fraudes e pirataria, além do uso frequente para espionar concorrentes.


A aposta das empresas nos mundos virtuais deve desacelerar, a não ser nos casos de óbvio retorno, como divulgação de marca, pesquisa de mercado e relacionamento com clientes e treinamento e simulação de cenários de forma colaborativa (criação de novos produtos, melhoria de serviços etc). É sabido que em momentos de crise as pessoas buscam mais entretenimento, e usar mundos virtuais como jogos também pode torná-los mais atraentes.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

[PLANETA] A recessão terá graves efeitos sobre o clima


O aquecimento global é, junto com a água, "O" tema do milênio. Se algo não for feito, a próxima crise econômica será a "bolha" da biocapacidade. As metas do Protocolo de Kyoto expiram em 2012. Para novas metas entrarem em vigor, a ONU já está se mexendo (COP-14), mas a recessão prevista para 2009 pode ocasionar um relaxamento na adoção de medidas mais drásticas pelos países desenvolvidos - onde a crise deve forçar uma redução de 2% nas emissões de CO2, países como China e Índia não se posicionaram de forma mais contundente e Barack Obama não terá tempo de ratificar junto ao Congresso dos EUA ações efetivas até dezembro/2009. Ou seja, um ano perdido para avanços no tema.


Enquanto a Alemanha comemora redução de 22,4% nas emissões de gases de efeito estufa (acima da meta de 21% de Kyoto), o Brasil se esforça para cumprir seu Plano Nacional de Mudança Climática. Aqui o desmatamento para agricultura é o maior vilão (75%), enquanto em outras nações a energia, a indústria e o transporte produzem a maior contaminação climática. O governo aposta em medidas punitivas (suspensão do crédito para quem tiver denúncias ambientais ou terras não legalizadas) e pactos setoriais - a Vale prometeu não vender minério de ferro para siderúrgicas que destruam florestas nativas para obter carvão vegetal, a indústria de óleo vegetal vai suspender compra de soja cultivada em áreas recém-desmatadas, e os exportadores de madeira vão excluir produtos não certificados.


No mercado de créditos de carbono, entretanto, tudo vai bem: aumento de 40% em relação a 2007, com US$ 48,26 bilhões negociados (1o.semestre) e 56% a mais em toneladas de CO2. Mas isto ainda é tímido diante da emergência da situação. Se a temperatura subir apenas 2 graus o impacto do clima sobre a produção de alimentos, recursos hídricos, nível do mar e ecossistemas será catastrófico. Mais de 2 bilhões de pessoas não terão água e o sul da África conviverá com seca o ano inteiro. A agricultura será seriamente comprometida e a fome e desnutrição matarão, no mínimo, 2 milhões de pessoas por ano.
Fontes: Envolverde, Folha Online e Globo Online

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

[EVENTO] FBDS e SustainAbility lançam o relatório “Rumo à Credibilidade: uma Pesquisa de Relatórios de Sustentabilidade no Brasil”


(replicado da newsletter do Inst. Ethos)


A SustainAbility e a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) farão o lançamento da pesquisa Rumo à Credibilidade, que é o oitavo benchmark das melhores práticas em relatórios de sustentabilidade e o primeiro projeto do programa Global Reporters com foco em um único país: o Brasil, uma economia emergente a caminho das melhores práticas para o desenvolvimento sustentável. O projeto tem o objetivo de analisar a qualidade dos relatórios de sustentabilidade no país e incentivar as empresas brasileiras a aprimorar suas práticas de relatar e expor o que as empresas globais podem aprender com elas.


O quê: Rumo à Credibilidade: uma Pesquisa de Relatórios de Sustentabilidade no Brasil;

Quando: 9 de dezembro de 2008;

Horário: Das 8h30 às 12h00;

Local: Sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo(Fiesp) - Auditório do 4º andar;

Endereço: Av. Paulista, 1313;

Inscrições: Pelo e-mail sustentabilidade@fbds.org.br;

Realização: FBDS e SustainAbility.

A resposta do Ethos à Petrobras

O Instituto Ethos prontamente publicou resposta onde diz que a decisão da Petrobras foi unilateral e reitera que sempre se colocou à disposição para "facilitar diálogos, construir pontes e buscar saídas para lidar com as diversas contradições e dificuldades encontradas nesse caminho". Assim como outras questões ligadas à corrupção, mão de obra escrava/infantil e degradação da amazônia, a entidade sempre expressa suas posições claramente e independente de quem sejam seus associados. O mesmo fez em relação ao diesel, que considera um problema de saúde pública grave (poluição do ar). Aliás, as mudanças climáticas são o principal tema da agenda empresarial mundial. Em relação ao não cumprimento do prazo para substituir o diesel pela versão mais 'limpa', o Ethos informa que "Desde o início , o instituto se dispôs a ajudar a organização a resolver as questões relacionadas ao impacto do seu negócio no meio ambiente e na sociedade".

Naturalmente, a Petrobras ciosa de sua reputação escolheu o caminho da ruptura, por razões que já mencionei no post anterior. Mas sob um ponto de vista estritamente de comunicação, esse gesto vai atrair antipatia, criar controvérsia (muitas versões incorretas vão se transformar em verdades na cabeça de quem não aprofundar pesquisa dos fatos), eventualmente impactar o valor das ações da empresa na Bolsa e alinhar centenas de boas empresas ao lado do Ethos, pois a decisão sinaliza a preferência da intransigência ao invés do diálogo, contra tudo que prega a sustentabilidade: o relacionamento construtivo e transparente com todos os stakeholders.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Petrobras desliga-se do Ethos - os bastidores


Foi manchete nos principais jornais e blogs do país: a Petrobras se desligou do Instituto Ethos, acusando-o de estar alinhado com grupo político - Governos de SP e MG (leia-se tucanos) - para atacar a empresa. Some-se a isso o fato da Petrobras ter sido excluída do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da Bovespa e não poder mais, segundo normas do Conar (auto-regulamentação publicitária) se declarar em anúncios uma empresa ambientalmente responsável. Entenda bem o que está nos bastidores e levou a essa ruptura.


Na Conferência Internacional Ethos 2008 (http://www.ethos.org.br/Ci2008Dinamico/site/con_noticias.asp?id_noticia=305) uma mesa redonda juntou Petrobras, Conama, Fetrasnpor e Anfavea para debater a Resolução 315 do Conama, publicada em 2002, que promete tornar mais limpo o ar das grandes cidades brasileiras. A ANP demorou 5 anos para definir as especificações técnicas do diesel com menor teor de enxofre, a Petrobras não pôde agilizar a produção do novo combustível, as indústrias automotivas se atrasaram na fabricação dos motores P-6 e os postos de combustível não têm tanques adequados. Assim, agora em janeiro 2009 o resultado efetivo só atingirá 8% da frota brasileira.


Como Oded Grajew, fundador e presidente do Conselho do Ethos é também membro do Movimento Nossa São Paulo e colaborador do governo Lula, foi fácil estabelecer um elo entre todas as partes e colocar o Ethos na berlinda. Ou seja, de espaço para o diálogo aberto entre todos os stakeholders envolvidos em prol de uma causa mais ampla que interessa à sociedade brasileira, a entidade virou o bode expiatório de um protesto da Petrobras (não necessariamente injusto) contra a pressão política que vem sofrendo e que, afinal, é briga entre o PT e os tucanos.
Quer factóide/batalha cultural melhor para protestar do que uma mega-empresa como a Petrobras romper com uma respeitabilíssima ONG como o Ethos ???

INFO ÚTIL - Feriados em 2009


Ao todo serão 12 Feriados (em dia útil)

8 Feriados na Seg/Sex
4 Feriados na Ter/Qui



01/01/09 quinta-feira Confraternização Universal


23/02/09 segunda-feira Carnaval


24/02/09 terça-feira Carnaval


10/04/09 sexta-feira Paixão de Cristo


21/04/09 terça-feira Tiradentes


01/05/09 sexta-feira Dia do Trabalho


11/06/09 quinta-feira Corpus Christi


07/09/09 segunda-feira Independência do Brasil


12/10/09 segunda-feira Nossa Sra. Aparecida


02/11/09 segunda-feira Finados


15/11/09 domingo Proclamação da República


20/11/09 sexta-feira Zumbi/Consciência Negra


25/12/09 sexta-feira Natal




(postado no blog PENSANDO de meu amigo Prof. Cristóvão Pereira)