Ártico

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

PLANETA] Proteja-se das Superbactérias



A morte da modelo Mariana Bridi e dos vários passageiros em navios me fez resgatar esse post que estava na prateleira esperando a vez de ser publicado.

Os antibióticos atuais estão se tornando ineficazes para combater uma nova geração de superbactérias que têm sido encontradas em hospitais, ginásios, academias, universidades e prisões. Em 2006 apenas uma delas, a MRSA, matou 19.000 pessoas nos EUA. No Brasil, a Mycobacterium Massiliense infectou 2.000 pessoas nos últimos meses, por cânulas de cirurgias estéticas ou videolaparoscopia, no Pará, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná. As superbactérias se tornam resistentes aos medicamentos e ainda transferem essa informação para colegas de outras espécies !

Quando uma pessoa toma um antiinflamatório de forma inadequada, o problema é dela. Quando faz isso com um antibiótico, o problema é de todos nós” diz a Dra. Flávia Rossi do HC de S.Paulo. Se usamos antibióticos indiscriminadamente ou paramos o tratamento assim que os sintomas desaparecem – mas ainda há bactérias vivas – a interrupção das doses as torna mais fortes, pois “aprendem” a resistir à droga. Receitar antibióticos de largo espectro, quando não dá para esperar o resultado de testes bacteriológicos, também fortalece as bactérias. Os piores locais, claro, são os hospitais, especialmente as UTIs. Por isso todo hospital é obrigado por lei a ter comissões permanentes de prevenção de infecções hospitalares.

Na pecuária, baixas doses das drogas são dadas para evitar que os animais fiquem doentes e para matar as bactérias intestinais, reduzindo a competição por energia – o animal absorve mais energia da comida e cresce mais rápido. Daí elas se espalham pelo solo, ar, cursos d’água, nas indústrias durante o processamento da carne e finalmente chegam à nossa cozinha. Some-se a isso o desinteresse das indústrias farmacêuticas em pesquisar novas fórmulas, por serem mais rentáveis medicamentos de consumo permanente, e temos uma ameaça real embora invisível.

Algumas dicas: ao ter contato com pacientes em hospitais, não sente na sua cama, não presenteie com comida (prefira livros, brinquedos), evite contato com outros internados, adie a visita se estiver resfriado ou com alguma lesão na pele, lave bem as mãos na saída, transfira o doente assim que possível para um home-care e em casa mantenha assepsia nas mãos o tempo todo.

Nenhum comentário: