Ártico

quinta-feira, 14 de maio de 2009

[DIGITAL] A Comunicação como Risco Corporativo



A Comunicação Empresarial está vivendo uma grande revolução. As empresas perderam a centralidade das informações, porque qualquer um pode ser provedor de conteúdo sobre elas e seus produtos. O problema é que não têm mais o controle do que é falado, e até que ponto a informação é confiável ou bem intencionada. Em outubro 2008 um jovem americano postou no iReport, blog de jornalismo participativo da CNN, notícia de que Steve Jobs teve um ataque cardíaco. A Apple, que já vinha sofrendo uma crise de confiança dos investidores pelos problemas de saúde de Jobs, viu o valor de suas ações cair 5,4% e precisou se organizar rapidamente para desmentir o boato que se espalhou em minutos.

Tratar a comunicação como risco corporativo é essencial e demanda existir uma estrutura que administre essas relações, como fez a Natura, que tem uma equipe de mais de 50 pessoas internas e outros terceirizados para monitorar a blogosfera e rapidamente responder a qualquer informação distorcida. “Humanizamos o processo para explicar o que acontece e dialogamos na mesma intensidade do interlocutor do outro lado”, diz Rodolfo Gutilla, Diretor de Assuntos Corporativos.

Se o site da empresa é um espaço controlado, nos blogs e redes sociais reina o caos, mas é dali que podem vir inovação, dados de pesquisa, tendências e a construção de vínculos mais verdadeiros com a marca. O perfil do profissional que irá administrar essa área estratégica da comunicação precisará ser multidisciplinar e incluir história, antropologia, sociologia, tecnologia, comportamento humano, psicologia, economia e política, segundo Paulo Nassar, Presidente da ABERJE.

Fonte: Revista Mundo Corporativo/Deloitte – ed. Abril-Junho 2009

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