Ártico

sexta-feira, 15 de maio de 2009

[SOCIAL] Os Conexionistas e os Gerentes de Ecorrelações


Se já percebeu que “tudo está conectado a todas as coisas” e que “a empresa é um sistema vivo integrante de um ecossistema complexo” (Fund.Nac. Qualidade), vai achar naturais as novas profissões que apontam no horizonte. Segundo pesquisa da USP, são cargos como Ger. de Ecorrelações (cuida da sustentabilidade, trabalhando com todos os stakeholders), Chief Innovations Officer, Ger. Marketing Eletrônico, Gestor de Aprendizagem e Auto-Desenvolvimento e até Orientador de Aposentadoria (porque você estuda durante 25 anos, faz carreira por mais 30 e tem ainda 30 anos produtivos e saudáveis pela frente para desfrutar, que por sinal o sistema de previdência não vai agüentar).

Embora empresas falem de pensamento sistêmico, a educação atual trabalha com a “desconexão” - concentrar-se em maximizar retorno no mais curto prazo, para apenas um grupo: os acionistas. No futuro, ao invés de especialistas que isolam os problemas, haverá "conexionistas" que conseguem pensar de maneira criativa sobre o modo como coisas, números e pessoas se relacionam uns com os outros. Como a formação é multidisciplinar e não há curso específico, atualmente as empresas contratam pessoas com experiência prática que dominem áreas diversas como engenharia, administração, economia, sociologia e antropologia. O aprendizado baseado na experiência (raciocínio indutivo) e na reflexão abstrata (raciocínio dedutivo) deve dar lugar ao um movimento contínuo com espaço para experimentações e suposições (raciocínio abdutivo). Trocando em miúdos, ser um auto-didata curioso e investir em uma formação intelectual, física, intuitiva e ética, onde cabem coisas tão diversas quanto meditação, arte e temas fora da área de gestão para “abrir a cabeça” (como palestras de filosofia, livros sobre cognição ou psicologia). Na pior das hipóteses, haverá pessoas bem mais interessantes e cheias de assunto !

Até Daniel Goleman, o “pai” da Inteligência Emocional, já defende a tese de uma nova Inteligência Ecológica, que tem origem na ecologia industrial – o olhar holístico sobre todo o impacto causado na cadeia de produção – ampliando esse conceito para a conscientização de cada indivíduo enquanto pessoa física (consumidor) e gestor de empresas, além do exercício da empatia, que até Obama vive repetindo.

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