Ártico

quinta-feira, 14 de maio de 2009

[PLANETA] O Clima e a Ruptura Tecnológica



Plantas perenes, Furfurais, Algas mutantes, Superfermentação, Filmes Fotovoltaicos, Nanobaterias Solares ??? Vá se acostumando, pois são as novas tecnologias que vêm por aí para minimizar o aquecimento global. Quando digo para meus alunos e clientes que há inúmeras oportunidades para quem se dedicar a essas novas áreas, é fato. E a crise só faz aumentar a busca por soluções criativas e mais econômicas.

Biocombustíveis a partir de celulose de algas ou gramas naturais chamadas “plantas perenes”, que não mais ameaçam a segurança alimentar transformando plantações de milho e trigo em etanol, e crescem em áreas degradadas, demandam menos insumos agrícolas e são mais baratos; catalisadores sintéticos que aumentam a produção de celulose, gramas nativas e cana-de-açúcar (a “superfermentação”); substâncias obtidas pela decomposição de resíduos agrícolas e lixo urbano que geram um combustível mais energético que o etanol, não-tóxico e que não se mistura na água (os “Furfurais”). Todos eles perfeitamente compatíveis com os veículos e postos de combustível que já existem.

Em outra frente, o vento e o sol. Os geradores eólicos produzem 1,5% da eletricidade mundial. Obama quer 30% da energia dos EUA até 2030 gerada por essa fonte e a China até 2020 vai usar o vento para gerar o equivalente ao que o Brasil inteiro consome de eletricidade. Dezenas de empresas desenvolvem soluções de energia solar. Filmes flexíveis fotovoltaicos, baratos e que podem ser instalados em telhados, tetos de carros e eletrônicos (Evergreen Solar); nanobaterias solares que absorvem centenas de vezes mais energia que as células solares atuais, tendo o Japão à frente; tubos fotovoltaicos que produzem o dobro de uma célula convencional (Solyndra).

Finalmente o badalado Hidrogênio, de alta performance, cuja queima produz apenas vapor d’água, mas ainda com produção caríssima. Nada que algas mutantes não possam resolver, projeto em parceria do Depto. Energia com várias entidades de pesquisa dos EUA. Tudo devidamente acompanhado pelas montadoras, como Toyota (Prius), GM (Buick Lacrosse) e Mazda (Premacy).

Num próximo post, contarei as metas ambiciosas (embora inevitáveis !) que os países estão estabelecendo para a questão do clima, via rupturas tecnológicas na matriz energética. As empresas de petróleo terão que se mexer, e rápido... a economia de baixo carbono vem com tudo.

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