Ártico

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

[SOCIAL] Já ouviu falar da “Geração Odisséia” ?


O termo foi criado pelo colunista do NY Times David Brooks, para descrever pessoas entre 20 e 30 anos que representam uma espécie de “juventude ampliada”. Odisséia significa viagem, jornada, e a principal característica desse grupo é experimentar e explorar antes de assumir compromissos definitivos de vida como casar, ter filhos, comprar um imóvel. Trabalho, quanto mais temporário e prazeroso, melhor – aliás, misturam trabalho e lazer todo o tempo e valorizam o empreendedorismo. O escritório é no laptop, o Blackberry ou Iphone estão sempre ligados, muitos nem têm telefone fixo. O seu lema é “Qual a última novidade? O que tem mais para ser feito? O que vem depois?”.


Mudar de caminho profissional ou interesse, viajar muito ou morar fora do país, fazer uma variedade de atividades e cursos (do surfe ao francês, da ioga à culinária), tudo é muito natural. Contratos de um ano, nem pensar ! Lealdade a empregos, produtos e empresas?? Depende: “O que estou fazendo agora faz minha vida valer a pena?”. Eles são criativos e buscam gratificação instantânea.


Os pais incentivam as viagens, pois isso os torna cosmopolitas e sofisticados. As portas de casa estão sempre abertas para os filhos voltarem entre viagens e mudanças, com comida, roupa lavada e contas pagas. Porém, há efeitos colaterais, pois as pessoas podem demorar demais a crescer e se recusar a assumir responsabilidades, perdendo oportunidades importantes e às vezes irrecuperáveis - como a dificuldade de engravidar ou de formar um patrimônio, a perda de foco profissional, ou de tanto experimentar acabar estabelecendo padrões altos demais para um relacionamento amoroso. Afinal, toda viagem tem seu fim. Vai ser uma geração bem interessante para as empresas lidarem...

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