Ártico

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

[PLANETA] Apesar da ausência de Obama, o que rolou na reunião do G-20?


Dias 15 e 16/novembro os líderes do G-20 se reuniram em Washington para discutir a necessidade de uma nova ordem econômica mundial, um “Bretton Woods II” (programado para abril/2009 em Londres). Mercados funcionando 24 horas do dia, 7 dias por semana, conectados online trocando US$ 2 trilhões de moedas/dia, com 90% das transações sendo pura especulação, tomando-se riscos excessivos e fazendo alavancagens artificiais, realmente demandam novos controles e uma nova postura para evitar o caos que se vê atualmente.

Obama mandou dois representantes, e ficou implícito que os EUA são os maiores culpados da situação e não mais a locomotiva econômica do mundo. Países influentes como China, Brasil, Índia, Rússia, África do Sul, Japão e Indonésia estão exigindo uma representação mais justa com direito a voto no FMI, Banco Mundial e OMC, inclusão como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e suspensão do direito de veto que hoje possuem os 5 membros permanentes que foram vitoriosos na 2ª.Guerra Mundial, fato anacrônico no cenário atual. Considerar crime o não-recolhimento de impostos, e como ilegais países que sejam paraísos fiscais e não observem a ação da International Financial Action Task Force (http://www.fatf-safi.org/ ); repelir as regras do Acordo da Basiléia 2, que permitiram que os bancos avaliassem seus próprios riscos, o que ajudou em muito na atual crise e aumentar a adequabilidade de capitais e fundos de reserva e reduzir as margens em todas as transações.

Brilhante mesmo é a sugestão de se criar um imposto de 1% sobre todas as transações financeiras, proposto desde os anos 70 pelo economista James Tobin e em 89 pelo ex-secretário do Tesouro norte-americano, Lawrence Summers. Ele seria controlado por um sistema informatizado instalado nas telas de transações cambiais como o Foreign Exchange Transaction Reporting System (FXTRS), que gradualmente aumentaria o imposto básico de 1%, sempre que houvesse ataques especulativos contra uma moeda mais fraca. Com tal tansparência, os corretores que vendessem moedas em baixa começariam a experimentar o aumento do imposto em cascata, para o fundo de estabilização da moeda do país, cortando assim os ganhos do especulador. Sem a perspectiva de lucros, os especuladores deixariam o mercado, voluntariamente, procurando por outras moedas ou oportunidades de arbitragem. Os montantes resultantes do imposto sobre câmbio podem somar centenas de bilhões de dólares, que seriam utilizados em saúde pública, educação, infra-estrutura e outros projetos que visem o bem público (para mais informações, visite http://www.hazelhenderson.com/ e clique em FXTRS).


Fonte: Envolverde/Mercado Ético

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