A ONG WWF – World Wildlife Fund divulgou que para suportar os atuais níveis de consumo da humanidade seria necessário um patrimônio biológico (ou biocapacidade - ver post de junho sobre Pegada Ecológica) 30% maior do que a Terra pode oferecer. Nesse ritmo, até 2030 a demanda deve alcançar o dobro do que o planeta é capaz de produzir e os recursos naturais entrarão em colapso, com conseqüências como fome, conflitos sociais e tudo que pode ser previsto num cenário desses.O ser humano está criando uma "bolha" de crédito semelhante à que levou às atuais turbulências do sistema global de negócios.
Os estudos, feitos há 7 anos, correlacionam o aumento do consumo e a perda do patrimônio natural (devastação de florestas, superexploração de terras cultiváveis, poluição do ar, da terra e dos cursos d´água). Infelizmente, a mídia ainda isola o assunto no nicho do noticiário ambiental, como uma mera questão ecológica.
O cruzamento do noticiário econômico com as revelações do estudo deveria estimular imprensa e universidades a colocar em debate o sistema econômico mundial, os hábitos de consumo da sociedade, as estratégias de desenvolvimento que desprezam a sustentabilidade e até mesmo o significado das inovações tecnológicas, que priorizam desempenho em vez de eco-eficiência.
"O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida, ele é simplesmente um de seus fios. Tudo que fizer ao tecido fará a si mesmo".
Chefe Seattle
Nenhum comentário:
Postar um comentário