No ginásio, estudamos a teoria de Malthus: a população cresceria em progressão geométrica enquanto a comida em progressão aritmética. Ou seja: em algum momento iria faltar comida. Será que a hora chegou? Em 1800 éramos 1 bilhão de humanos, agora já somos 6,6 bilhões e crescendo. A Revolução Verde entre os anos 40 e 60 superou os limites de espaço, melhorando a produtividade agrícola por área plantada (fertilizantes, sementes engenheiradas e agora os transgênicos). A população americana hoje sofre de obesidade. Afinal, falta ou não falta comida?
Veja a conjuntura: em 5 meses o arroz passou de U$ 400 para U$ 1.000/ton. O feijão no Brasil subiu 168% em um ano. A maior parte de terras cultiváveis do planeta já é usada e só sobraram poucas florestas, que vêm sendo derrubadas para pastagens e plantio de grãos (para fazer ração animal e mais recentemente biocombustíveis). À medida que países como Brasil, China e Índia se desenvolvem, a população aumenta o consumo de carne – afinal comer carne sempre foi símbolo de prosperidade. E à medida que aumenta o aquecimento global e sobe o preço do petróleo e do gás buscam-se fontes alternativas de energia (renováveis e limpas), que demandam mais área plantada. Estas, usam fertilizantes que precisam de gás natural para serem fabricados. E de água para a rega, outro recurso finito. Os cientistas afirmam: vai sim faltar comida.
Quer saber mais? Leia o livro “The End of Food” de Paul Roberts (ed. Houghton Mifflin), leia a entrevista de Olivier De Schutter (Relator Especial da ONU para o Direito à Alimentação) na revista Época de 16/06/08 e os posts de junho “O Etanol e a Fome” e “O Etanol e o Brasil” aqui neste blog.
Veja a conjuntura: em 5 meses o arroz passou de U$ 400 para U$ 1.000/ton. O feijão no Brasil subiu 168% em um ano. A maior parte de terras cultiváveis do planeta já é usada e só sobraram poucas florestas, que vêm sendo derrubadas para pastagens e plantio de grãos (para fazer ração animal e mais recentemente biocombustíveis). À medida que países como Brasil, China e Índia se desenvolvem, a população aumenta o consumo de carne – afinal comer carne sempre foi símbolo de prosperidade. E à medida que aumenta o aquecimento global e sobe o preço do petróleo e do gás buscam-se fontes alternativas de energia (renováveis e limpas), que demandam mais área plantada. Estas, usam fertilizantes que precisam de gás natural para serem fabricados. E de água para a rega, outro recurso finito. Os cientistas afirmam: vai sim faltar comida.
Quer saber mais? Leia o livro “The End of Food” de Paul Roberts (ed. Houghton Mifflin), leia a entrevista de Olivier De Schutter (Relator Especial da ONU para o Direito à Alimentação) na revista Época de 16/06/08 e os posts de junho “O Etanol e a Fome” e “O Etanol e o Brasil” aqui neste blog.
(a linda ilustração é do artista português José Pádua)
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