Ártico

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

[MARCA] O que é uma “Brand Partnership”?


Qual é o novo modelo de negócios possível para quem “fabrica” entretenimento? A falha em responder essa pergunta pegou de surpresa as gravadoras de música, os artistas, as agências de propaganda, as editoras, as produtoras de filmes... Desde que inventaram a Internet, os players digitais portáteis e os gravadores de CD a indústria não teve mais sossego. Em 2003 a Apple lançou o iTunes, em 2006 a Tower Records fechou, a Blockbuster virou apenas um cantinho nas lojas Americanas Express.

Só um exemplo do mundo musical: a venda de discos e videos tende a desaparecer graças a MP3, downloads, programas peer-to-peer (e-Mule, BitTorrent), sites de postagem de vídeos e músicas, muitas vezes reeditados e resampleados pelos próprios consumidores. Os mais espertos se mexeram: Madonna rompeu em 2007 com a Warner Music e assinou parceria de 10 anos com a Live Nation. "O paradigma na indústria da música mudou e como artista e mulher de negócios eu também tinha de mudar” disse ela à imprensa. Isso inclui a exploração comercial da marca da cantora, novos discos, turnês, merchandising, fã clubes, websites, DVDs, programas de TV, filmes e projetos patrocinados. A dupla inglesa Groove Armada lançou seis álbuns pela gravadora Sony BMG, mas após o fim do contrato em 2008 assinou com a... Bacardi ! Com direito a álbum, turnê de shows, uso das músicas em comerciais e da imagem da banda em merchandising. “A Bacardi tem uma longa tradição em fazer festas, e nós também” declararam.

Sting foi pioneiro - em 2000 sua aliança com a Jaguar multiplicou tanto a venda de CDs quanto a de carros, além de ajudar a marca a atingir consumidores mais jovens. Sting bateu seu recorde de cópias (8 milhões de CDs) e a Jaguar quadruplicou suas vendas. Os artistas mantêm a liberdade criativa e a propriedade das músicas, recebem mais verba do que qualquer gravadora estaria disposta a injetar, lucram mais e ampliam sua exposição. Para as marcas, o segredo é a sinergia entre o posicionamento do artista e a identidade da empresa, sem cair na armadilha de interferir na autenticidade do parceiro. (veja mais no post “O que é Dewarismo?” em junho)

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