Ártico

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

[DIGITAIS] Informar agora está nas mãos do leitor


A imprensa já foi chamada de “4º poder”. Quando apenas três agências (e todas elas de países hegemônicos) são responsáveis por abastecer de notícias os veículos de mídia do mundo todo, faz sentido o desabafo do jornalista Ignácio Ramonet no seminário do Observatório Nacional de Mídia em 2007: "Não se trata mais de oferecer informações aos cidadãos, mas de vender cidadãos aos anunciantes". Todo veículo é uma empresa com fins comerciais e ideologia. A isenção sobre o que e como noticiar dependerá da ética de cada empresa. Me lembro de uma campanha formidável da WBrasil para a Folha de SP: “Você pode dizer um monte de mentiras falando só a verdade”, baseada nos discursos nacionalistas de Hitler e seus números lindos sobre a prosperidade alemã.

Porém, o jornalismo participativo está mudando isso - os próprios cidadãos enviam fotos, filmes e escrevem reportagens, que são postadas nas edições online dos veículos, com uma capacidade de captação de informações muitíssimo maior do que qualquer equipe de redação teria. Além disso, blogs e fotologs proliferam no ambiente da web, onde discussões entre formadores de opinião e completos anônimos abastecem qualquer pessoa de fatos, versões, opiniões e discussões, abertas a todos. Sem contar as comunidades contra ou a favor desta ou daquela empresa. O blog de um especialista famoso ou uma divulgação viral e espontânea tem um poder de marketing muito mais contundente que qualquer campanha e pode conquistar leitores fiéis.

(a linda foto é obra de Joe Sorren, disponível em joesorren.com)

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