O blockbuster do momento é “2012”, baseado na profecia Maia(*) que prevê um cataclisma global. O Discovery Channel tentou explicar melhor os riscos, no programa “21.12.2012”, com cenas do filme e entrevistas com cientistas da NASA, geólogos e astrofísicos.
Segundo a Academia Nacional de Ciências, ao final de 2012 o sol estará pronto para atingir o máximo solar, pico do ciclo que acontece a cada 15 anos. Diariamente suas erupções empurram em nossa direção as massas coronais, partículas detidas pela magnetosfera da Terra. Um pico muito violento combinado com uma fenda no campo magnético seria desastroso: a energia telúrica fritaria tudo que é elétrico. O GPS dos aviões deixaria de funcionar; a rede de satélites seria desligada; nada de TV, telefone, elevador, ar condicionado, geladeira. Imagine isso por 4 a 10 anos, tempo que levaria para recuperar nosso sistema elétrico... um caos. A energia eletromagnética do sol desestabilizaria o núcleo, responsável por criar a magnetosfera, e a crosta terrestre, causando terremotos, mega-tsunamis e ativando supervulcões como o Cumbre Vieja e Yellowstone.
Ocorre que em 2007 uma explosão solar conseguiu abrir um buraco enorme na magnetosfera, da América do Sul até a África pelo Atlântico. Esse enfraquecimento do campo indicaria a iminente mudança nos pólos magnéticos (o N inverte com o S, a bússola gira ao contrário, mas as rotações da Terra permanecem as mesmas e os continentes não saem do lugar). Quando houvesse a inversão, a camada de Ozônio se romperia, a radiação UV acabaria com a fotossíntese e o plancton, interrompendo a cadeia alimentar e levando os ecossistemas ao colapso; os pássaros migratórios ficariam desorientados. Uma inversão de 180º já aconteceu no passado, antes de nossa civilização. Mas o cientistas não acreditam nesses cataclismas, pois levam milhões de anos para ocorrer. Seria mais provável um grande asteróide ou planeta (como o hipotético “Planeta X”) nos atingirem.
E o que a Conferência de Copenhagem em dezembro tem a ver com isso? Tudo. Se a temperatura da Terra subir mais de 2 graus até 2050, teremos problemas com colheitas, falta de água, elevação dos mares, enchentes e furacões mais violentos e frequentes. As mudanças climáticas e o aquecimento global, que deveriam ser agenda prioritária para políticos, empresários e cidadãos, parece estar sendo levada pouco a sério. China e EUA já declararam que vão deixar as decisões para depois da conferência, claro, pois são complexas e impopulares. Como se fosse possível adiar o problema e um consenso mais efetivo. Se a comunidade internacional não amarrar os governos com metas, estes não estabelecerem medidas que onerem os fabricantes pelos passivos ambientais e os empurrem rumo a inovações eco-inteligentes, não vamos precisar do sol, de asteróides nem supervulcões para nos aniquilar. A própria humanidade vai fazer esse trabalho. Enquanto isso, infelizmente as gerações do futuro estão inebriadas com a lua, vampiros e lobisomens... que só habitam este planeta no escapismo do imaginário.
Segundo a Academia Nacional de Ciências, ao final de 2012 o sol estará pronto para atingir o máximo solar, pico do ciclo que acontece a cada 15 anos. Diariamente suas erupções empurram em nossa direção as massas coronais, partículas detidas pela magnetosfera da Terra. Um pico muito violento combinado com uma fenda no campo magnético seria desastroso: a energia telúrica fritaria tudo que é elétrico. O GPS dos aviões deixaria de funcionar; a rede de satélites seria desligada; nada de TV, telefone, elevador, ar condicionado, geladeira. Imagine isso por 4 a 10 anos, tempo que levaria para recuperar nosso sistema elétrico... um caos. A energia eletromagnética do sol desestabilizaria o núcleo, responsável por criar a magnetosfera, e a crosta terrestre, causando terremotos, mega-tsunamis e ativando supervulcões como o Cumbre Vieja e Yellowstone.
Ocorre que em 2007 uma explosão solar conseguiu abrir um buraco enorme na magnetosfera, da América do Sul até a África pelo Atlântico. Esse enfraquecimento do campo indicaria a iminente mudança nos pólos magnéticos (o N inverte com o S, a bússola gira ao contrário, mas as rotações da Terra permanecem as mesmas e os continentes não saem do lugar). Quando houvesse a inversão, a camada de Ozônio se romperia, a radiação UV acabaria com a fotossíntese e o plancton, interrompendo a cadeia alimentar e levando os ecossistemas ao colapso; os pássaros migratórios ficariam desorientados. Uma inversão de 180º já aconteceu no passado, antes de nossa civilização. Mas o cientistas não acreditam nesses cataclismas, pois levam milhões de anos para ocorrer. Seria mais provável um grande asteróide ou planeta (como o hipotético “Planeta X”) nos atingirem.
E o que a Conferência de Copenhagem em dezembro tem a ver com isso? Tudo. Se a temperatura da Terra subir mais de 2 graus até 2050, teremos problemas com colheitas, falta de água, elevação dos mares, enchentes e furacões mais violentos e frequentes. As mudanças climáticas e o aquecimento global, que deveriam ser agenda prioritária para políticos, empresários e cidadãos, parece estar sendo levada pouco a sério. China e EUA já declararam que vão deixar as decisões para depois da conferência, claro, pois são complexas e impopulares. Como se fosse possível adiar o problema e um consenso mais efetivo. Se a comunidade internacional não amarrar os governos com metas, estes não estabelecerem medidas que onerem os fabricantes pelos passivos ambientais e os empurrem rumo a inovações eco-inteligentes, não vamos precisar do sol, de asteróides nem supervulcões para nos aniquilar. A própria humanidade vai fazer esse trabalho. Enquanto isso, infelizmente as gerações do futuro estão inebriadas com a lua, vampiros e lobisomens... que só habitam este planeta no escapismo do imaginário.
(*) saiba mais em http://porque2012.com/ e filme do History Channel http://www.youtube.com/watch?v=y3vcYnZ7VBQ. Os Maias falam de "fim de um ciclo de vida", o que pode significar um recomeço.
Um comentário:
Querida Pat, tudo bem?
Obrigado pelo seu comentário no meu blog. Gostei muito do vídeo, e confesso que ele me deixou um pouco menos ansioso... apesar de eu estar ainda com medo.
Será que conseguiremos sair dessa?
Beijos,
Zé Mauro
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