Dez mega corporações controlam quase tudo que compramos, graças à uma "arquitetura" que abrange fusões, aquisições e participações acionárias. (veja o infográfico)
Isso nos leva a demandar com maior seriedade ainda a adoção da responsabilidade socioambiental por parte desses enormes players, ao longo de toda a sua cadeia de fornecimento.
Alguns exemplos dessa complexa teia: holdings podem ser donas, acionistas ou parceiras de redes subsidiárias. A Coca-Cola não é dona da Monster, mas distribui esse energético. A P&G já vendeu a Pringle's para a Kellogg's em fev/2013, numa dinâmica que é cada vez mais comum e deixa o consumidor perdido. Veja o caso da Ambev, depois Imbev, agora ABImbev, dona de várias marcas de cerveja globais, da Heinz e do Burger King.
A Yum Brands é dona da KFC e Taco Bell. Ela se originou (um spin-off) da Pepsico e todos os seus restaurantes só vendem produtos Pepsi, por conta de uma parceria especial com a empresa.
A Procter & Gamble (agora P&G), tem valor de US$ 84 bilhões, é o maior anunciante dos EUA e parceira de várias marcas que fabricam de remédios a creme dental e roupas. Tudo computado, a P&G serve 4,8 bilhões de pessoas globalmente por meio dessa ampla rede.
A Nestlé, que vale US$ 200 bilhões, é a maior empresa alimentícia do mundo e proprietária de aproximadamente 8.000 marcas diferentes. Tem participação ou parceria com diversas outras - como L'Oreal, a antiga concorrente e gigante de papinhas infantis Gerber, a grife de moda Diesel, e os fabricantes de comida pet Purina e Friskies.
A Unilever, famosa pelos produtos de limpeza e higiene (e top of mind em todos os quiz de brand equity que aplico em aulas - teste vc também no quadro abaixo), atende 2 bilhões de consumidores globalmente e controla uma rede que fabrica de cotonetes a manteiga de amendoim.
Se pensa que é tudo Unilever, errou ! Pesquise e verás. |
Mas nossa ilusória liberdade de escolha não é só de produtos. Também é de informações: 90% da mídia hoje é controlada por apenas 6 conglomerados, comparado com 50 em 1983. E o que não dizer a concentração dos buscadores como Google e Yahoo, com seus algoritmos que nos apresentam page ranks que reforçam mais do mesmo? E vai piorar com os sistemas de Big Data controlando as estratégias de marketing - a esse respeito veja post sobre o tema que publiquei há alguns meses.
Em Jan/2012, postei pesquisa de um instituto suíço que estudou a teia de participações acionárias global e chegou a uma estarrecedora conclusão: leia "147 EMPRESAS CONTROLAM O MUNDO"
Admirável (e assustador) mundo novo.
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