Ártico

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que o turbilhão da BIG DATA vai fazer com seu trabalho

O assunto do momento é BIG DATA, também referida como "a internet das coisas". Trocando em miúdos, o dia em que não tomaremos mais decisões com base intuitiva ou debruçados em pesquisas, deixando por conta de um processamento poderoso e cruzado de dados a escolha do melhor curso de ação. Isso vai valer para as estratégias de marketing, a gestão das cadeias de fornecimento e até a medicina.
O mundo físico transforma-se num sistema de informações, com sensores e atuadores embutidos em objetos (que podem até ser matérias-primas), interconectados por uma gigantesca rede, via protocolos IP. 
Na produção, por exemplo, processos que se auto-gerenciam, onde produtos "inteligentes" podem tomar medidas corretivas e evitar falhas, e os insumos serão automaticamente reabastecidos nos estoques. Essa tecnologia já existe, na Alemanha, e prenuncia a 4a Revolução Industrial. Na produção enxuta (Lean), a fábrica mantém estoques mínimos e os insumos estão constantemente viajando pelo planeta, chegando em 24h. Na Indústria 4.0, o sistema terá que se ampliar além dos limites de fábricas individuais e interconectar múltiplas fábricas ou mesmo regiões do globo. Um desafio de integração de cadeia de valor e logística sem precedentes. 
Outro desafio é criar uma arquitetura de rede e algorítmos que consigam interligar os dados de milhões de ítens e assegurar que tudo funcione com estabilidade e sincronia, ao longo de toda a cadeia de fornecimento. Veja um exemplo: um pedaço de metal sabe que fará a peça X que vai ser colocada no produto Y para o consumidor Z. Esse insumo sabe desde o começo para quem é endereçado e toda a informação de onde e quando será processado. Uma vez que entra na máquina, ele próprio identifica desvios, determina quando está pronto e sabe como vai chegar ao consumidor. Uau ! 
Agora pense em modelos de negócio: para o consumidor, quem é o "pai" do produto final? O designer, o fabricante ou a organização que gerencia o sistema de informações do produto? No passado, empresas como Nike já haviam separado o design da fabricação. 



Quem faz o que no cenário da Big Data - Fonte: Forbes

Na arena do Marketing, será mesmo necessário entender por que o cliente faz o que faz? O mundo digital oferece fartura de dados e facilidade de rastrear informação. Os clientes diariamente relatam preferências, vivências, realizam buscas e produzem conteúdos. Hoje esses dados estão desorganizados, mas os sistemas de Big Data poderão estruturar e analisar as informações, permitindo processos auto-reguladores - que decidem de forma orgânica o envio de mensagens promocionais, alocação dos investimentos e formatos, informações mais detalhadas que são do interesse do consumidor e até micro-mercados onde vale mais a pena concentrar esforços. Um estudo da McKinsey mostrou um aumento de 15 a 20% no ROI das estratégias de marketing de empresas que usam Big Data, equivalente a US$ 150 a 200 bilhões de valor adicionado sobre orçamentos globais de US$ 1 trilhão. 

O "marketing de algoritmo" será a nova fronteira das empresas, mas tem suas armadilhas. Não sabendo usar massas de informação - provenientes do histórico de transações, das mídias sociais, da própria empresa, de fontes públicas e universidades -, o gestor mais se perde do que se resolve. 
Mas isso é papo para outra postagem. 







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