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quarta-feira, 11 de março de 2009
[PLANETA] Os 3 Rs e um novo Capitalismo
Não adianta inventar: o modelo capitalista é suportado pelo ato de consumir. Se paramos de comprar/usar bens a roda para de girar e tomba. O problema desse modelo é que ele extrai insumos de um ambiente com limites – a natureza. Alguns se renovam (plantas, animais), outros não (água, minerais). O caminho para a sustentabilidade é irreal quando pede aos seres humanos para frear o consumo, pois dessa forma haverá demissões, falências, perda de bem-estar e renda girando no sistema, como já estamos assistindo na bolha econômica atual. O caminho viável é repensar o nosso comportamento de consumo e inovar no modelo de produção. Aplicar os sábios Reutilizar, Reciclar, Reformar, eliminando os desperdícios que fazem do consumo algo predatório para o planeta.
Ao invés de inventar máquinas mais poderosas para agilizar a produção (veja o impressionante filme abaixo), buscar formas inovadoras de reaproveitar materiais, como o celular W233 Renew da Motorola feito de PET ou as construções eco-eficientes. É claro que a pobre natureza não dá conta de se recuperar nessa alucinante velocidade ! É preciso usar os bens até o limite de sua vida útil, criando um mercado de reformas e consertos, não essa loucura de que sai mais barato comprar um novo do que recuperar o velho – vale para sofás, aparelhos eletro-eletrônicos, pessoas que guardam seus celulares velhos ao invés de mandar para postos de coleta que encaminham à reciclagem e por aí vai.
O Brasil está radiante com suas reservas de petróleo pré-sal num momento em que o mundo inteiro usa toda a sua inventividade para criar uma economia de baixo carbono. Quem deveria estar feliz são a Bolívia, Chile e Argentina, que tem as maiores reservas de lítio do mundo, usados em todas as baterias das geringonças que compramos. Recurso finito também, e com uma geopolítica complicadíssima... Enquanto isso inventores, empresários e corporações perseguem tecnologias verdes, energias limpas, novos materiais, produtos modulares, paradigmas inteiramente novos que podem futuramente deixar as bombas de gasolina às moscas (veja post sobre o carro movido a ar...). Definitivamente, um neo-capitalismo é premente. Vou chamar de Eco-Capitalismo, em que o termo ecologia não trata de meio-ambiente, mas da natureza no sentido mais amplo – a natureza somos nós.
LINK - http://www.youtube.com/watch?v=6WwPHeM5ltI ou no blog:
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