Ártico

quarta-feira, 11 de março de 2009

[DIGITAL] Já estás por dentro da Web 3.0 ?


Você provavelmente como eu mal tinha começado a digerir a Web 2.0 e já vem aí a versão 3.0. A diferença entre ambas é o que me proponho a explicar, depois que vi Tim Berners-Lee, inventor da world wide web dando palestra sobre o assunto na última Campus Party.

O termo Web 2.0 foi inventado pela O’Reilly Media/EUA em 2004 para batizar conferências sobre a web pós-bolha da Nasdaq (falência de várias .com) onde se percebeu que as empresas sobreviventes tinham uma característica comum: tratavam a web como plataforma baseada em redes sociais e fruto de uma inteligência coletiva, com aplicativos que se tornam melhores quanto mais são usados pelas pessoas e poderosos mecanismos de busca. Uma das regras que Tim O’Reilly propunha era o “beta perpétuo”, softwares que estão em permanente aprimoramento e aplicativos repousados na rede, e não nos hardwares de usuários ou corporações, com códigos abertos e programação modular para quem quiser colaborar (“The Network is the Computer” diz a Sun Microsystems). Os softwares não são mais vendidos como pacotes fechados, mas serviços mensais. O mesmo aconteceu com os conteúdos (a Consumer Generated Media-CGM): agora todo mundo cria, contribui e compartilha fotos, mp3, artigos, filmes, notícias, críticas em blogs, fotologs, wikis, jornais online, fóruns etc, apoiadas por licenças que liberam os direitos autorais como Creative Commons. A velocidade com que a tecnologia e conteúdos da rede avançaram nesse modelo é visível.

A Web 3.0, ou web semântica, foi termo inventado pelo jornalista do NYTimes John Markoff, prevista para ser a nova geração que chegará em 5 a 10 anos. Será a organização e uso de maneira mais inteligente de todo o conhecimento já existente na web, onde ela se transforma de rede em uma gigantesca base de dados auto-organizados por programas que usam raciocínio semântico. Você faz uma pergunta ao site e ele traz informações mais inteligentes e eficientes, e mesmo que não se lembre de um termo específico, por dedução o programa encontra a info. Ex: “filmes com aquela atriz americana que tem um bocão e um monte de filhos” (você já sacou que é a Angelina Jolie, o site de busca fará o mesmo). Tim Berners-Lee está de cabeça nesses estudos, então é coisa para levar a sério. A Puc-Rio desenvolve projeto para o nosso idioma.

Nenhum comentário: