Estive na conferência do CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, e faço aqui um resumo das principais novidades trazidas por um elenco de notáveis do mundo empresarial, governo e 3o setor.
76% dos CEOs acham essencial a sustentabilidade para os negócios, mas 67% chegaram ao limite do que podem fazer sozinhos. Falta um arcabouço de regulação para incentivar as empresas, baseado no tripé:
- EDUCAÇÃO: incentivos públicos à ciência e tecnologia
- RISCOS: hoje a empresa enfrenta sozinha os riscos de investir em inovação
- SETORIAL: as entidades de classe trabalharem para influenciar políticas públicas
Teremos que mudar nossas práticas relativas à: DEMANDA (hábitos de consumo), PRODUÇÃO e INDICADORES DE SUCESSO das empresas.
Isso vai requerer uma articulação entre o setor empresarial e o governo, buscando incentivos e políticas públicas mais coerentes com a sustentabilidade. Um exemplo emblemático (pesquisa na CNI, de 2003 a 2010):
13% de crescimento populacional no Brasil
X
63% de crescimento na quantidade de automóveis despejados nas vias
Tem que haver mudança na matriz energética, nos processos industriais e nas políticas de uso do solo, buscando cidades 100% elétricas e/ou movidas com energias limpas. Os ODS - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos na Rio+20 para o período 2016-2030 são considerados apenas "mais do mesmo" e é preciso agir imediatamente, em escala.

ESCALA
MENSURAÇÃO
ir ALÉM DO "BUSINESS AS USUAL"
que se mostra cada vez mais inviável.
Jeffrey Sachs criou o SDSN - Sustainable Development Solutions Network, que terá sede no Rio de Janeiro, em parceria com universidades e fundações, pilotado por Israel Klabin. A idéia é formar boas parcerias com o poder público, por causa das graves crises climáticas iminentes (enchentes, nevascas, furacões) que afetarão patrimônio, mobilidade, seguridade e abastecimento. É consenso que o principal agente público no futuro serão os Prefeitos das grandes cidades.
Iniciativas locais também serão importantes, e um exemplo é o sucesso da campanha "Rio eu Amo eu Cuido" de Joaquim Monteiro de Carvalho, que enxergou como problema os cariocas agirem como "cidadãos de 3o mundo numa cidade com eventos de 1o mundo" e se propôs a mudar comportamentos (limpeza, civilidade, conservação do patrimônio etc). Ponto para o movimento Cidades Sustentáveis de Oded Grajew e o Pacto Local do Barra Sustentável, da zona oesta carioca.