Ártico

quinta-feira, 7 de março de 2013

TENDÊNCIAS PARA AS MÍDIAS SOCIAIS EM 2013

A Dell publicou estudo sobre quais serão as mais importantes tendências para a Mídia Social em 2013, consultando 14 especialistas na área.

Vou publicar aqui um resumo:

1) Facebook e Twitter vão reduzir crescimento, e quem vai evoluir são Linkedin, Pinterest, Path, Slideshare e My Space - este último está com nova versão de excelente interface, mas vai agradar a aficcionados de música e arte. O Google+ vai crescer porque não se pode ignorar o Google e seus movimentos. Se o Foursquare não se integrar a outras mídias, vai desaparecer. Quem não garantir a  privacidade dos usuários - caso do Facebook - terá graves problemas.

2) As redes sociais estão no meio do seu ciclo de vida. Quem está há mais tempo no mercado tem mais chance de permanecer.

3) Coloque rostos e nomes por trás de blogs e perfis corporativos - a palavra de ordem é HUMANIZAR. As redes são lugar de interação entre pessoas, e o engajamento aumenta muito quando se humaniza o espaço. Grandes marcas com muitos seguidores tem desafio maior, por isso devem empoderar/treinar vários funcionários a interagir de forma  humana e calorosa no perfil corporativo nas redes, já que são vistos como advogados da marca e abalizados para falar dela. (a este respeito veja o Trust Barometer da Edelman)

4) As empresas começarão a levar em conta sua reputação nas mídias sociais antes de tomar alguma decisão gerencial, o que não vem acontecendo ainda. E essas mídias se tornarão parte sistêmica da plataforma de comunicação da organização.

5) O melhor uso que marcas poderão fazer das redes deve atender a 2 propósitos: resolver algum problema ou reunir pessoas em torno de algum objetivo comum. Um bom exemplo é a "pulseira" Nike Fuel que ajuda o usuário e permite conectar com outros aficcionados do fitness.

6) Conhecer e checar a fonte das informações será fator crítico num ambiente onde opiniões não são reveladas como tal, mas colocadas como se fossem fatos; onde técnicas artificiais para aumentar a relevância na busca orgânica são uma constante. Civilidade, responsabilidade e decência devem prevalecer (a este respeito, veja o post escandaloso sobre Mídia-Otário publicado aqui mês passado)

7) O online fica mais substancial e relevante quando se promove eventos no mundo real para conhecer pessoalmente seus stakeholders. (veja a bem sucedida estratégia da blogueira Thalita do Casa de Colorir, que explodiu de seguidores e agora está até no Programa Decora no GNT).

8) Mídia social não é lugar para seu funcionário mais junior. Coloque lá gestores importantes e capacitados a interagir, ao invés de arruinar sua reputação em um tweet.

9) Desenvolver conteúdos que não sejam "pegadinhas" e "gracinhas" de fácil consumo. Isso não estabelece vínculo duradouro e cria expectativas erradas a respeito da empresa. Pesquise o perfil da audiência e entregue algo substancial, que expresse bem os valores da marca, como insights e experiências da empresa. Brand content (como auto-elogios que mais parecem um press release) tem que dar lugar a conversas e histórias significativas. Nas redes, aprende-se mais ouvindo do que falando. Mas muita marca inverteu esta equação. É preciso beber em muitas fontes para poder retribuir com algo de fato relevante para a audiência. Criatividade por si só não basta. Idem promos-suborno para angariar seguidores ou likes. A empresa para ter uma Voz poderosa, tem que se auto-conhecer e conhecer bem o que importa para seus clientes.

10) Medir o sucesso da iniciativa não pela quantidade de seguidores (eventualmente nem têm perfil para serem de fato seus clientes), mas pela qualidade do relacionamento já estabelecido e quem de fato já usa seu produto/serviço. Há montes de empresas que "vendem" seguidores e outras tantas que desmascaram fake followers (como Klout). Deve-se dar mais atenção a métricas de engajamento (como comentários, compartilhamento, retweet, likes, downloads, assinaturas, estímulo à geração de novas postagens ou qualquer coisa que motive as pessoas a alguma ação em cima do conteúdo disponibilizado). Além disso, respeitar a personalidade e os objetivos únicos da marca ao invés de usar métricas generalistas. As empresas deverão cruzar as métricas de engajamento com seus objetivos específicos de negócio. Há quem diga que evoluiremos do engajamento para a "interação significativa", onde entrarão na equação transferência de valores não monetários (admiração, significado, relevância, sentimento e intenção) - e isto deverá ser capturado com técnicas de etnografia e netnografia digital.

Quer ler o estudo em detalhes e conhecer os especialistas?





Nenhum comentário: