TRANSCRITO DO SITE DA AVAAZ
Os oito líderes mais poderosos do mundo se reuniram no encontro do G8, que aconteceu em meio a eleições presidenciais nos EUA, crise econômica na Europa e véspera da Rio+20.
Sabia que atualmente, nossos governos dão cerca de 1 trilhão de dólares por ano dos nossos impostos para grandes empresas de petróleo e carvão, sob a forma de subsídios? Os principais líderes do mundo já concordaram em acabar com esses pagamentos poluidores, entre eles o presidente Obama, anfitrião do evento.
O único motivo pelo qual mandamos dinheiro para os cofres das grandes companhias de petróleo é pelo fato de seus lobistas terem grande influência e domínio sobre nossos governos. Entretanto, se nós exigirmos que os líderes “esverdeiem” nosso dinheiro vindo de impostos, iremos aumentar o investimento verde global em 400%, tornando as energias eólica e solar mais baratas que petróleo e carvão.
Estamos rapidamente chegando num ponto sem retorno nas mudanças climáticas e um tratado para prevenir uma catástrofe está a anos-luz de acontecer. Felizmente, um momento está sendo criado por trás desse novo plano para salvar o planeta. A Nova Zelândia, o México e a Suíça estão pedindo um acordo agora, e legisladores de 20 países, incluindo os EUA, Brasil e China se juntaram para apoiá-los. Todos os líderes do G8 se comprometeram publicamente a acabar com esses subsídios sujos, e ao mesmo tempo, o presidente Obama está pressionando por uma legislação americana para acabar com estes subsídios.
Nosso planeta está sendo destruído a uma taxa avassaladora. Cabe a nós combater os lobistas com o poder extraordinário da sociedade.
Por muito tempo, o progresso de uma solução global para as mudanças climáticas tem sido retido pelo interesse e lucro das grandes companhias de carvão, petróleo e gás. Mas, finalmente, os governos estão percebendo que o corte de subsídios beneficiará o clima e ajudará a equilibrar a economia global.
Mais informações:
Combustíveis fósseis: AIE pede fim de subsídios (Planeta Sustentável):
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-urgente/combustiveis-fosseis-aie-pede-fim-de-subsidios/
G20 promete reduzir subsídios para energia fóssil (Mercado Ético)
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/g20-promete-reduzir-subsidios-para-energia-fossil/
Subsídios a combustíveis fósseis devem chegar a US$ 660 bi (Terra)
http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201110041256_RTR_1317733008nB366815
Obama pede suspensão de subsídios fiscais para combustíveis (Diário de Pernambuco)
http://www.dpnet.com.br/nota.asp?materia=20120317180733
Subsídios para combustíveis fósseis podem prejudicar financiamento climático (Envolverde)
http://envolverde.com.br/ambiente/clima/subsidios-para-combustiveis-fosseis-podem-prejudicar-financiamento-climatico/
Aqui a gente troca idéias para entender melhor o mundo, fazer um planeta viável e levar uma vida mais feliz
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Vai por água abaixo, vira fumaça, ou a Rio+20 realmente trará frutos?
O que se
esperava da Rio+20?
Basicamente 2 coisas: definir o que é a tal “Economia
Verde” e uma Governança Global, ou seja, leis e agências internacionais com
poder de regular e punir infratores sócio-ambientais, como a OMS (saúde) e OMC
(comércio). Mas muita gente teme
que tudo não passe de um ôba-ôba de fotos marqueteiras e não traga medidas
práticas. Só o Greenpeace está produzindo sua energia limpa. No evento, imperam milhares de copos de isopor e geradores a diesel. O Forum Global que em 92 reuniu ONGs do mundo todo virou uma Cúpula dos Povos com entidades brasileiras sedentas por recursos e muitos índios e neo-hippies dançando e protestando no Aterro do Flamengo.
Para pautar a conferência dos Chefes de Estado no Riocentro, negociadores
de 193 países viraram noites fazendo o Rascunho Zero, termo de compromisso que será assinado
pelos governantes. O problema é que o documento decepciona – texto genérico, que não estabelece metas,
prazos, indicadores para monitoramento, ou seja, não traz compromissos para os governos
nem soluções operacionais para implantar a sustentabilidade. Só fala o óbvio –
a importância de perseguir o desenvolvimento sustentável – e empurra o problema
para futuras negociações. Disse a
ex-ministra Marina Silva: “O documento é pífio”. Manchete do jornal O Globo: “ONGs
rejeitam documento da Rio+20; ONU cobra ambição”. E o governo brasileiro comemora sua condução dos trabalhos (talvez tenha fumado a maconha que o Presidente uruguaio deseja produzir em seu país).
Rio Clima, iniciativa do Dep. Alfredo Sirkis, já que as Mudanças Climáticas ficaram de fora da agenda oficial (!!!!) |
Felizmente, na paralela do evento oficial,
ocorreram vários outros com a sociedade civil, meio empresarial e o poder
público, de onde saíram sugestões práticas e compromissos assinados: Rio Clima
(Mudanças Climáticas), Rio+C40 (Prefeituras de 40 megacidades), Fórum
Empresarial e o Pacto Global (ONU com grandes empresas).
Neles, houve
estabelecimento de tetos para emissão de gases de efeito estufa, metas de
redução e providências concretas, sugestão de impostos para produtos eco-sujos,
subsídios para iniciativas verdes, revisão e cumprimento das 8 Metas do
Milênio/ONU até 2015, entre outros.
![]() |
Prefeitos do C-40 se comprometem com redução de 45% das emissões de CO2 até 2030 |
O que mais se ouviu falar foi a
precificação dos serviços
ecológicos e do CO2, para contabilizar esses intangíveis nos balanços
financeiros das empresas e carregar esses custos no preço dos
produtos/serviços. Certamente, uma dinâmica muito diferente iria se criar no
mercado ! Produtos eco-sujos sairiam mais caros e as empresas não poderiam mais
externalizar seus passivos ambientais e sociais.
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