Ártico

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

[PLANETA] Faça um Retrofit na sua moradia !



A construção civil é uma das atividades de maior impacto ambiental e por isso mesmo vem sofrendo uma revolução em suas práticas. Além das construções sustentáveis (mais posts com esse tag aqui no blog), em áreas metropolitanas decadentes ou imóveis de valor histórico que precisam ser preservados, a onda agora é o Retrofit. Diferente da restauração, que quer devolver o imóvel ao seu estado original, ele busca trazer o edifício para a modernidade sem descaracterizá-lo, revitalizando a estrutura com materiais avançados e tecnologias mais inteligentes. Isso aumenta a vida útil do imóvel, valoriza o patrimônio e incorpora a sustentabilidade à construção. Alguns exemplos recentes são os hotéis Glória (foto) e Serrador no Rio de Janeiro.


As soluções sustentáveis incluem eficiência energética, economia de água, menor geração de resíduos e ganhos financeiros para os habitantes. Em termos de qualidade de vida, aumento do conforto, melhoria estética e respeito ao patrimônio histórico. Intervenções no entorno do edifício, aberturas para melhor iluminação e ventilação, substituição de materiais por outros mais duráveis e recicláveis. Ainda pensar na flexibilidade futura, minimizar o impacto no entorno da obra e cuidar da segurança e saúde dos trabalhadores. Um edifício sustentável pode ser até 5% mais caro que o tradicional, mas os ganhos na operação são grandes, além de melhorar as condições de morar e trabalhar - que são indicadores qualitativos. Os sistemas de resfriamento e iluminação dos edifícios empresariais brasileiros representam 70% da energia consumida. O Retrofit pode reduzir isso em mais de 30%.

Algumas providências viáveis para apartamentos e condomínios:

· Aparelhos e metais sanitários que reduzem o consumo de água, inclusive redutores de pressão
· Eletrodomésticos e produtos com selo PROCEL
· Projetos de luminotécnica com ênfase em eficiência energética ou o simples uso de lâmpadas compactas, fluorescentes e Led
· Sensores de presença e demais automações de sistemas (como elevadores inteligentes)
· Madeiras certificadas
· Coleta seletiva de resíduos, inclusive óleo de cozinha e entulho de obra
· Medidores individualizados de consumo de água, que obtêm economia em curto espaço de tempo
· Elementos arquitetônicos que gerem absorção de carga térmica e sistemas passivos de bioclimática (como uma “parede verde” ou vidros isolantes) e melhorem o desempenho dos sistemas de ar condicionado.
· Alteração de sistemas de aquecimento de água (por exemplo, painéis solares)
· Seleção de fornecedores com diretrizes de sustentabilidade. O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável tem um comitê que oferece uma ferramenta para a seleção de materiais sustentáveis, disponíveis no http://www.cbcs.org.br/. São seis passos:


1. Verificação da formalidade das empresas fornecedoras
2. Verificação da licença ambiental da unidade fabril
3. Respeito às normas técnicas que garantem a qualidade do Produto
4. Consultar o perfil de responsabilidade socioambiental da empresa
5. Identificar a existência do “verniz verde” (Green washing)
6. Analisar a durabilidade do produto

Veja mais:

http://www.youtube.com/watch?v=gHu_r76y_is&feature=player_embedded
Cidades e Soluções - reportagem com André Trigueiro. Se não conseguir visualizar, entre em http://www.youtube.com/watch?v=gHu_r76y_is

http://peopleenvironment.wordpress.com/2009/10/07/retrofit-e-sustentabilidade/

Entrevista com a arquiteta Márcia Mikai em http://eubloger.spaces.live.com/Blog/cns!E782BA3F07323966!793.entry

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