Sabia que a reciclagem evitaria que fossem parar no lixo cerca de 228 kg de ouro, 1,7 mil kg de prata e 81 mil kg de cobre só na Argentina, em 2011? A estimativa foi divulgada no relatório Mineração e Lixo Eletrônico, produzido pelo Greenpeace, e se refere somente aos metais preciosos presentes em um tipo de lixo eletrônico: os celulares. Essa realidade, entretanto, se aplica também a outros eletrônicos, como as placas de computador. Para estas, há apenas 6 empresas recicladoras no mundo, pois é preciso atingir ponto de fusão!
Além desses metais, a reciclagem do lixo eletrônico permite obter materiais como platina, alumínio e aço oriundos das terras raras – situados na China, que detém 97% das reservas conhecidas, sendo assim mais um importante fator para estimular a reciclagem.

O ouro é usado nos componentes eletrônicos devido às suas propriedades de condução e estabilidade. No entanto, é encontrado em quantidades mínimas dentro de celulares ou computadores, cerca de 0,025% do total. A prática de retirar metais preciosos de aparelhos eletrônicos ainda é incipiente na A.Latina, inclusive no Brasil, mas é bastante difundida em nações desenvolvidas. A mineração urbana, como é conhecida, tem sido constantemente estimulada e muitas empresas de joalheria têm preferido comprar ouro de reciclagem de lixo eletrônico a extração em processos custosos e de alto impacto ambiental.
Cerca de 90% de todos os materiais presentes em equipamentos eletrônicos podem ser reciclados ou reutilizados, sendo que 3% são substâncias altamente tóxicas, como o mercúrio, o cádmio e o amianto – daí a importância de encaminhar esses materiais de altíssima obsolescência a postos de coleta em vez de simplesmente jogá-los no lixo e deixá-los serem manuseados por catadores e sucateiros, como feito na Índia e outros países para onde convenientemente se transporta containers de sucata eletrônica.