Ártico

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sabia que seu imposto subsidia o petróleo, e não a inovação tecnológica de energias limpas?

TRANSCRITO DO SITE DA AVAAZ


Os oito líderes mais poderosos do mundo se reuniram no encontro do G8, que aconteceu em meio a eleições presidenciais nos EUA, crise econômica na Europa e véspera da Rio+20.

Sabia que atualmente, nossos governos dão cerca de 1 trilhão de dólares por ano dos nossos impostos para grandes empresas de petróleo e carvão, sob a forma de subsídios?
 Os principais líderes do mundo já concordaram em acabar com esses pagamentos poluidores, entre eles o presidente Obama, anfitrião do evento. 


O único motivo pelo qual mandamos dinheiro para os cofres das grandes companhias de petróleo é pelo fato de seus lobistas terem grande influência e domínio sobre nossos governos. Entretanto, se nós exigirmos que os líderes “esverdeiem” nosso dinheiro vindo de impostos, iremos aumentar o investimento verde global em 400%, tornando as energias eólica e solar mais baratas que petróleo e carvão.

Estamos rapidamente chegando num ponto sem retorno nas mudanças climáticas e um tratado para prevenir uma catástrofe está a anos-luz de acontecer. Felizmente, um momento está sendo criado por trás desse novo plano para salvar o planeta. A Nova Zelândia, o México e a Suíça estão pedindo um acordo agora, e legisladores de 20 países, incluindo os EUA, Brasil e China se juntaram para apoiá-los. Todos os líderes do G8 se comprometeram publicamente a acabar com esses subsídios sujos, e ao mesmo tempo, o presidente Obama está pressionando por uma legislação americana para acabar com estes subsídios.

Nosso planeta está sendo destruído a uma taxa avassaladora. Cabe a nós combater os lobistas com o poder extraordinário da sociedade. 

Por muito tempo, o progresso de uma solução global para as mudanças climáticas tem sido retido pelo interesse e lucro das grandes companhias de carvão, petróleo e gás. Mas, finalmente, os governos estão percebendo que o corte de subsídios beneficiará o clima e ajudará a equilibrar a economia global. 


Mais informações: 

Combustíveis fósseis: AIE pede fim de subsídios (Planeta Sustentável):
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-urgente/combustiveis-fosseis-aie-pede-fim-de-subsidios/ 

G20 promete reduzir subsídios para energia fóssil (Mercado Ético)
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/g20-promete-reduzir-subsidios-para-energia-fossil/ 

Subsídios a combustíveis fósseis devem chegar a US$ 660 bi (Terra)
http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201110041256_RTR_1317733008nB366815 

Obama pede suspensão de subsídios fiscais para combustíveis (Diário de Pernambuco)
http://www.dpnet.com.br/nota.asp?materia=20120317180733 

Subsídios para combustíveis fósseis podem prejudicar financiamento climático (Envolverde) 
http://envolverde.com.br/ambiente/clima/subsidios-para-combustiveis-fosseis-podem-prejudicar-financiamento-climatico/ 

Vai por água abaixo, vira fumaça, ou a Rio+20 realmente trará frutos?




O que se esperava da Rio+20? 
Basicamente 2 coisas: definir o que é a tal “Economia Verde” e uma Governança Global, ou seja, leis e agências internacionais com poder de regular e punir infratores sócio-ambientais, como a OMS (saúde) e OMC (comércio).  Mas muita gente teme que tudo não passe de um ôba-ôba de fotos marqueteiras e não traga medidas práticas. Só o Greenpeace está produzindo sua energia limpa. No evento, imperam milhares de copos de isopor e geradores a diesel. O Forum Global que em 92 reuniu ONGs do mundo todo virou uma Cúpula dos Povos com entidades brasileiras sedentas por recursos e muitos índios e neo-hippies dançando e protestando no Aterro do Flamengo.

Para pautar a conferência dos Chefes de Estado no Riocentro, negociadores de 193 países viraram noites fazendo o Rascunho Zero, termo de compromisso que será assinado pelos governantes. O problema é que o documento decepciona – texto genérico, que não estabelece metas, prazos, indicadores para monitoramento, ou seja, não traz compromissos para os governos nem soluções operacionais para implantar a sustentabilidade. Só fala o óbvio – a importância de perseguir o desenvolvimento sustentável – e empurra o problema para futuras negociações.  Disse a ex-ministra Marina Silva: “O documento é pífio”. Manchete do jornal O Globo: “ONGs rejeitam documento da Rio+20; ONU cobra ambição”. E o governo brasileiro comemora sua condução dos trabalhos (talvez tenha fumado a maconha que o Presidente uruguaio deseja produzir em seu país). 

Rio Clima, iniciativa do Dep. Alfredo Sirkis,
já que as Mudanças Climáticas ficaram de fora
 da agenda oficial (!!!!)
Felizmente, na paralela do evento oficial, ocorreram vários outros com a sociedade civil, meio empresarial e o poder público, de onde saíram sugestões práticas e compromissos assinados: Rio Clima (Mudanças Climáticas), Rio+C40 (Prefeituras de 40 megacidades), Fórum Empresarial e o Pacto Global (ONU com grandes empresas). 



Neles, houve estabelecimento de tetos para emissão de gases de efeito estufa, metas de redução e providências concretas, sugestão de impostos para produtos eco-sujos, subsídios para iniciativas verdes, revisão e cumprimento das 8 Metas do Milênio/ONU até 2015, entre outros. 



Prefeitos do C-40 se comprometem com redução de 45% das emissões
de CO2 até 2030
O que mais se ouviu falar foi a precificação  dos serviços ecológicos e do CO2, para contabilizar esses intangíveis nos balanços financeiros das empresas e carregar esses custos no preço dos produtos/serviços. Certamente, uma dinâmica muito diferente iria se criar no mercado ! Produtos eco-sujos sairiam mais caros e as empresas não poderiam mais externalizar seus passivos ambientais e sociais.