Ártico

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

[SOCIAL] Nossa vida “anestesiada”


Um músico desce na estação do metrô L’Enfant Plaza em Washington vestindo jeans, boné e pulôver, encosta-se próximo à entrada, pega o violino e começa a tocar para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Durante os 43 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos 1.097 passantes.

Ninguém sabia, mas era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num raríssimo Stradivarius avaliado em U$ 3,5 milhões. Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os lugares mais baratos custavam U$ 100.

A experiência realizada pelo Washington Post queria lançar um debate sobre valor, contexto e arte e responder à pergunta: “Num local banal, em horário inconveniente, a beleza vai transcender?”. Somente 7 pessoas pararam para apreciar e 27 deram gorjeta (U$ 32.17 totais).
Há várias possíveis conclusões: damos valor às coisas quando estão num contexto e Bell era uma obra de arte sem moldura, um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Mas talvez a fruição musical tenha requisitos incompatíveis com as circunstâncias e características do espaço público usado.

Quem estudou Consumerologia comigo sabe que ele estava na “zona de transição”, onde é comum não prestarmos atenção em nada, porque estamos nos adaptando ao novo ambiente, com iluminação, temperatura e ruídos diferentes de onde viemos; temerosos de sermos abalroados por trás, não é prudente reduzir o passo ou parar.

De qualquer forma, a experiência mostra o quão “anestesiados” andamos pela vida, introjetados e apressados, imunes à beleza que nos cerca. O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw


(contribuição de Cristóvão Pereira no Pensando e sites Folha SP e Technorati)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

[DIGITAL] Cheiro pelo Celular


A empresa alemã Convisual e o Institute of Sensory Analysis and Marketing Consultancy de Göttingen (ISI) acabaram de patentear a tecnologia de envio de odores e cheiros para celular - o Smellphone (foto). Serão cerca de 100 odores disponíveis em um chip, incluindo cheiros bons e ruins. De acordo com o site EETimes, a tecnologia vem sendo desenvolvida há oito anos, e a previsão é de que seja lançada em 2010.
“Pessoas poderão enviar o cheiro da praia e do sol para seus amigos quando estiverem em férias”, relatou a porta-voz da Convisual, Sandra Wiewiorra ao site The Local. “Até mesmo cheiros como canela do Natal são uma possibilidade”, completou.
Esse tipo de tecnologia também já vem sendo pensada para turbinar os computadores pessoais. As utilizações irão desde incrementar a experiência de um game, a odores de alimentos, cosméticos e produtos em geral como alavanca de marketing. Mais informações sobre branding sensorial no post de junho "Branding & Religião".


Fonte: adaptado de post de Cristóvão Pereira no Pensando em 10/09/2008 01:25:00 AM

[JOB] Oportunidade na área Financeira

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[MARCA] Transforme seu falecido num lindo diamante !


Por que passar o sono eterno debaixo da terra ou então espalhar as cinzas da cremação? Ao custo de alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, uma empresa suíça agora garante ao falecido reservar seu lugar na eternidade sob a forma de um 'diamante humano'.

Na pequena cidade de Coire, na Suíça, a empresa Algordanza recebe a cada mês entre 40 e 50 urnas funerárias procedentes de todo o mundo. Seu conteúdo será pacientemente transformado em pedra preciosa.
'Quinhentos gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg depois da cremação', explica Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia.

Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. Primeiro, viram carbono, depois grafite. Expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente se transformam em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milênios.

'Cada diamante é único. A cor varia do azul escuro até quase branco. É um reflexo da personalidade', comenta Willy. Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido para depois ser usado num anel ou num cordão.

O preço desta alma translúcida oscila entre 2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de 0,25 a um quilate), o que, segundo Willy, vale a pena, já que um enterro completo custa, por exemplo, 12.000 euros na Alemanha.

A indústria do 'diamante humano' está em plena expansão, com empresas instaladas na Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos. A mobilidade da vida moderna é propícia para o setor, explica Willy, que destaca a dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre provocado por guardar as cinzas de um falecido na própria casa.


(Colaboração do meu ex-aluno Wenzel, turma 9 do INDEC/UFRJ. )

[PLANETA] Os Pecados do GREENWASH


A expressão greenwash poderia ser traduzida como uma espécie de “fraude ambiental”. A empresa tenta se vender como sócio-ambientalmente correta, mas nos bastidores a verdade é bem outra. Um exemplo foi a logomarca eco-amigável da British Petroleum e seu slogan “Beyond Petroleum”, cujo desenvolvimento custou mais do que a empresa efetivamente investiu em projetos de energia limpa ou renovável.

São deslizes mais comuns:
1) Malefícios Escondidos – o produto enfatiza um benefício ecológico, enquanto esconde vários outros problemas na sua fabricação e distribuição. Ex: é reciclável, mas a produção é poluente ou gasta muita energia/água.
2) Promessas Sem Provas – não existe comprovação científica do que a empresa alardeia.
3) Promessas Vagas – usar termos “genéricos” que não traduzem os processos como um todo ou são falácias. Ex: “100% natural” pode incluir substâncias tóxicas que não deixam de ser naturais...
4) Dois Demônios – características ecologicamente corretas em produtos cuja categoria é prejudicial à saúde, como cigarros.
5) Promessas Irrelevantes – declarar-se isento de algum malefício quando na verdade, se o tivesse, o produto nem seria aprovado pelos órgãos fiscalizadores.
6) Mentiras Deslavadas – a empresa declara algo que não tem ou não é. Propaganda enganosa.

Fonte: TerraChoice Environmental Marketing/EUA

[MARCA] Eco-Oportunidades de Negócio


A GE criou uma empresa com foco em eco-oportunidades chamada ECOIMAGINATION (http://ge.ecomagination.com/site/#home), que em 2007 vendeu US$ 14 bilhões (crescimento de 15% em 1 ano) e projeta atingir US$ 25 bilhões em negócios até 2010. Produtos ligados a água, energia, transportes, finanças (como empréstimos para dispositivos de eficiência energética em moradias) e iluminação, frutos de U$ 2,5 bilhões de investimento em P&D.

A ONG de S.Francisco/CA Environmental Defense Fund publicou com aval do Governador Schwarzenegger o “Innovation Review” (http://www.edf.org/page.cfm?tagID=1594) com 22 sugestões inovadoras de ações “verdes”, muito além da operação industrial – RH, finanças, controle de frotas, embalagens e construções -, mostrando como as empresas podem cortar custos e agregar valor aos negócios através de iniciativas eco-amigáveis.

[PLANETA] O “Quem é Quem” dos fornecedores sustentáveis


O Banco Real, eleito recentemente pelo Financial Times como o banco mais sustentável do mundo, e o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV, lançaram o Catálogo de Produtos e Serviços Sustentáveis (http://www.catalogo-sustentavel.com.br/), informando as matérias-primas, processos de produção, legislação, características ambientais e comportamento dos fornecedores de uma centena de produtos que estão no mercado brasileiro. O objetivo é informar empresas e consumidores, facilitando suas decisões de compra e a escolha de parceiros de negócio, com menor risco socioambiental.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

[MARCA] Comunicação por atitude

Esqueça comunicação de massa, agora o que vale é uma empresa que transmite uma atitude envolvente em tudo que faz. (...)

Em meados dos anos 90 descobriu-se que as marcas eram o principal ativo da empresa. Tradicionalmente, a publicidade monopolizava a comunicação corporativa, sonho de qualquer executivo de marketing. As coisas mudaram. A mensagem massificada perdeu credibilidade. Há excesso de informação, milhares de diferentes mídias disputando o tempo livre e a atenção do cliente e em breve a TV digital que permitirá ao telespectador programar a exclusão total das propagandas; hoje busca-se a segmentação e o contato um-a-um com os clientes.

A boa relação cliente-marca se dá por envolvimento, simbolismo e emoção, a percepção de autenticidade, a integração com a comunidade e a sociedade, o comportamento ético e a sensação de participação, de poderem construir a quatro mãos produtos, serviços e conteúdos.

A síntese destes conceitos, segundo Yacoff Sarkovas da Articultura (www.articultura.com.br) é a comunicação por atitude, a estratégia de associar empresas, produtos e serviços a ações de interesse público adequadas à identidade de suas marcas e que atendam seus objetivos corporativos e mercadológicos.

[PLANETA] Empresa Sustentável vale mais


É oficial: pesquisa realizada pelo Ibmec-SP com 240 empresas listadas na Bovespa entre 2005 e 2007 mostrou que as empresas sustentáveis têm valor de mercado 19% superior à demais. O ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da Bovespa reúne hoje ações de 32 empresas. Foram avaliados ítens como tamanho, lucratividade, pagamento de dividendos e o Quociente Tobin (divisão do valor de mercado pelo valor do patrimônio físico). Empresas com reputação e marcas fortes tendem a ter o Q de Tobin superior a 1, e na média essa carteira variou de 2,06 a 2,29, contra 1,66 a 1,88 das demais empresas estudadas.


As sustentáveis têm menor endividamento (alavancagem), maior lucratividade, pagam mais dividendos, têm políticas internas de gestão de riscos e a preferência dos fundos de investimento e de private equity, principalmente aqueles que aderiram ao PRI (Princípios de Investimento Responsável da ONU).

[SOCIAL] ECOFILOSOFIA PROVOCA DISTÚRBIO ALIMENTAR


Agora além da anorexia e da bulimia os médicos e psicólogos estão preocupados com um novo distúrbio alimentar: a ORTOREXIA, ainda não reconhecida pela OMS. A pessoa fica subnutrida e anti-social. É gente obcecada por consumir alimentos orgânicos, naturais e saudáveis, comida viva e crua, contra todo alimento de “procedência duvidosa”, pessoas vegetarianas e vegans. São comedores de vegetais, sementes e prana (energia vital que vem do sol, segundo a teoria). Os ortoréxicos sonham com um mundo livre de vacas que liberam gases poluentes e pastam em áreas desmatadas, com alimentos produzidos em comunidades familiares próximas e socialmente justas, plantados com amor e carinho, que despejam menos CO2 no ar durante o transporte. Ora, a maioria dos alimentos é em princípio de origem duvidosa, a não ser que se possa comprá-lo in loco e conferir pessoalmente sua origem... O que, convenhamos, não é nada prático.

Quando como fora de casa fico paranóica, imaginando refogados em óleos saturados, eu bebendo óleo puro. Acabo que deixo de sair para comer.” declarou Adriana Svartsaider, herdeira da rede de lojas Mr. Cat, em entrevista ao jornal Globo. Embora associada ao vegetarianismo, a Ortorexia na verdade também é resultado da filosofia chinesa de “alimentação integrativa”, que não se limita à comida que você engole, e sim o que você engole da vida, sensações, impressões. Sendo assim, naturalmente a pessoa seleciona com quem anda, quais programas faz e que conversas quer ter. Essas posturas podem realmente restringir o círculo social do indivíduo e fazê-lo se isolar em casa.